segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cilostazol teria os mesmo efeitos benéficos da aspirina, mas com menos riscos

  • Um estudo realizado na China indica que o remédio anticoagulante cilostazol é tão eficaz quanto a aspirina na prevenção de acidentes vasculares cerebrais (AVC) recorrentes e apresenta, ao mesmo tempo, menos riscos de hemorragia.

Segundo esse estudo, publicado na revista "The Lancet Neurology", o cilostazol poderia ser uma boa alternativa para os pacientes chineses que / freram AVC, e seria preciso estudar seus efeitos em outras populações.

Os AVC são a segunda maior causa de mortalidade na China, e afetam cerca de sete milhões de pessoas em todo o país.

A aspirina é eficaz para prevenir os acidentes vasculares cerebrais secundários e foi utilizado em 89% dos pacientes.

No entanto, as populações asiáticas têm maior risco do que outras de sofrer hemorragias cerebrais em conseqüência do uso da aspirina, e esse tipo de episódio é mais freqüente na China do que nos países ricos.

O cilostazol é um remédio alternativo que funciona graças a outros mecanismos. O doutor Yining Huang, do Departamento de Neurologia do Primeiro Hospital Universitário de Pequim e sua equipe compararam em pacientes humanos a eficácia e a segurança dos dois medicamentos.

Os testes tiveram a participação de pacientes de pouco mais de 60 anos, e 360 deles receberam cilostazol, enquanto 359 tomaram aspirina.

Os pacientes dos dois grupos usaram o respectivo medicamento durante um prazo de entre doze e dezoito meses, e no final foi medida a recorrência de AVC.

Doze pacientes do grupo que recebeu o cilostazol tiveram uma recorrência de AVC, frente a 20 do grupo que só tomou aspirina, o que representa uma redução de 38% do risco entre os primeiros.

Esse resultado não é estatisticamente significativo, e só pode ser descrito como uma tendência.

No entanto, afirma o "Lancet Neurology", os episódios de hemorragias cerebrais foram também muito menores no primeiro grupo - só um paciente foi afetado - que no outro - com sete pacientes.

fonte: Último Segundo