sexta-feira, 30 de maio de 2008

Neurofisiologia da gustação é tema de pós-doutorado de brasileiros na Universidade de Yale

Atrás da vitrine de uma doceria, tortas de limão, musses de chocolate e outros doces atiçam o apetite. Cremosos, crocantes ou macios, para fincar os dentes ou derreter na boca, doces de sabor delicado, forte ou azedo deixam as glândulas salivares em polvorosa. Difícil não querer uma porção, mais difícil ainda parar na primeira colherada. Gula? Neurocientistas têm outro no­­­­­­­me: sistema dopaminérgico de recompensa. Sentir o gosto açucarado na língua leva o cérebro a produzir dopamina, neu­rotransmissor que estimula neurônios responsáveis pelo prazer. Esse mecanismo fez com que por muito tempo o paladar fosse considerado o principal instigador ao consumo de açúcar, mas o neurocientista Ivan de Araújo descobriu que a absorção de calorias pelo organismo também estimula o sistema de recompensa. Os resultados, publicados na edição de março da revista científica Neuron, podem ajudar a entender a atração por doces na origem de muitos problemas de obesidade.

Radicado no Laboratório John B. Pierce, afiliado à universidade norte-americana Yale, Araújo acredita que o paladar, uma ferramenta para encontrar alimentos calóricos na natureza, ajuda os animais a sobreviver. Mas ele queria entender melhor o mecanismo que leva à preferência por calorias. Por isso aprofundou sua especialização durante um pós-doutorado na Universidade Duke, nos Estados Unidos, onde Sidney Simon e o brasileiro Miguel Nicolelis uniram conhecimento sobre o funcionamento das células que detectam o paladar na língua a técnicas de registro detalhado de atividade cerebral que acompanham a atividade de conjuntos de neurônios em tempo real. Os dois pesquisadores criaram assim uma linha de pesquisa que busca esmiuçar as conexões entre as papilas gustativas da língua e o cérebro – a neurofisiologia da gustação.

Associado a esse grupo, Araújo montou um experimento usando camundongos geneticamente modificados que não produzem uma proteína necessária para sentir sabores doces, amargos ou de aminoácidos. Ele verificou que se puderem optar por beber água pura ou com sacarose, camundongos normais preferem a água doce. Para os alterados, não faz diferença. O pesquisador deu então aos camundongos alterados um tempo maior para que pudessem usar os efeitos metabólicos para avaliar cada um dos líquidos. Em dias alternados, punha em um lado da gaiola uma garrafa com água pura ou uma garrafa com água doce no lado oposto. Ao oferecer cada líquido separadamente, o animal tinha tempo suficiente para absorver – ou não – o açúcar e sentir seus efeitos. O resultado apareceu no comportamento: quando o pesquisador punha garrafas de água nos dois lados das gaiolas ao mesmo tempo, os camundongos sem paladar rapidamente preferiam o lado da gaiola onde nos dias anteriores encontravam água adoçada. Eles tinham aprendido a associar a localização da garrafa ao conteúdo energético do líquido.

“Fica claro que a recompensa que os animais buscam não é o paladar, mas as calorias”, conclui Araújo. Para não deixar margens à dúvida, repetiu o experimento com camundongos novos. Desta vez usou sucralose, um adoçante com sabor semelhante ao do açúcar, mas que não é absorvido pelo intestino. De novo as cobaias com paladar intacto escolhiam a água doce. No entanto, como o produto não é usado pelo organismo, os camundongos modificados já não podiam contar com a via metabólica para detectar açúcar e não desenvolveram preferência por nenhum dos lados da gaiola.

Para investigar o mecanismo por trás do comportamento, o grupo mediu os teores de dopamina no cérebro das cobaias. Viram que nos animais normais a quantidade do neurotransmissor no cérebro aumenta tanto em resposta à água com sacarose como na com sucralose, mas os alterados só reagiram à sacarose. Para Araújo, os resultados provam que duas vias independentes estimulam o sistema de recompensa: a gustativa e a metabólica.

Os adoçantes se acoplam aos receptores nas células da língua da mesma forma que o açúcar, e assim enganam o organismo. Mas não por muito tempo. Um estudo publicado este ano por pesquisadores norte-americanos mostrou que alimentos com adoçantes na verdade levam animais a ingerir mais calorias no longo prazo. “É provável que o perfil temporal da liberação dopaminérgica nas duas vias seja diferente”, explica Araújo. O paladar provoca uma produção instantânea de dopamina, mas o pesquisador acredita que a estimulação não dure mais do que alguns segundos. Já o efeito da via metabólica, que de­pende da absorção do açúcar pelo organismo, pode durar minutos ou mesmo horas. Por isso mesmo provoca uma produção mais sustentada de dopamina. “Parece que a via metabólica tem um efeito cumulativo que a via do paladar não tem”, especula o neurocientista, que ressalta a importância de mais estudos usando uma tecnologia mais precisa para medir as concentrações de dopamina ao longo do tempo.

Circuitos açucarados - Quando um animal consome sacarose, o organismo produz insulina, um hormônio essencial para processar açúcares. Essa insulina é transportada para o cérebro e ali potencialmente estimula os neurônios dopaminérgicos. A dopamina que é produzida em conseqüência ativa uma série de circuitos cerebrais que afetam as emoções. Araújo ainda não sabe em detalhes como essa via que parte da detecção de calorias pelo organismo atua no cérebro.

A dificuldade em traçar a rota do paladar não é problema para o pesquisador. Pelo contrário, ele parece preferir trajetos intrincados. Formado em filosofia, Araújo se encantou pela lógica e fez mestrado em matemática. Ainda em busca da lógica, se embrenhou por redes neurais virtuais num mestrado na área de inteligência artificial e robótica. Descobriu ao fim que as redes de neurônios reais são mais interessantes e se doutorou em neurofisiologia do comportamento alimentar. Agora quer mapear as conexões entre os neurônios ligados ao paladar e os que incitam a comer.

Em busca de parceiros de pesquisa, Araújo apresentou um seminário no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Lá conheceu a neuroanatomista Sara Shammah-Lagnado, que lhe mostrou os resultados da exploração anatômica pela região cerebral que abriga o reconhecimento de alimentos calóricos. Em artigo a ser publicado este ano na revista Neuroscience, Sara e sua equipe mostram interconexões entre uma área do cérebro ligada a motivação e outra vinculada a reações motoras. “É uma interface entre motivação e ação”, resume a pesquisadora.

O encontro fortuito entre grupos de pesquisa deu início a uma busca multidisciplinar. Araújo espera em breve ter um mapa detalhado dos circuitos cerebrais envolvidos na via de sinalização entre a insulina e o sistema de recompensa, entre ver um chocolate e comê-lo. “Nós vemos relações anatômicas e não podemos lhes atribuir funções”, diz Sara, “e o Ivan faz experimentos funcionais que permitem testar hipóteses baseadas em circuitos neurais”. Com a abordagem integrada, a equipe da USP espera indicar exatamente em que zonas do cérebro Araújo deve medir a concentração de dopamina depois que um camundongo ingere calorias.

Os dados preliminares do grupo de Sara indicam que estão procurando a relação entre comer e sentir-se satisfeito no lugar certo. “É uma linha de pesquisa que ainda vai frutificar”, ressalta ela. É a busca pela morada da gula, que antes de ser pecado garantiu a sobrevivência e a proliferação da vida animal no planeta.

fonte: Pesquisa Fapesp

Portadora de paralisia cerebral vira advogada em São Paulo

  • Flávia Silva receberá a carteira da OAB-SP nesta quinta-feira.
    Ela tem limitações de fala e coordenação motora e usa cadeira de rodas.

Foto: Arquivo pessoal
Flávia Silva em sua colação de grau (Foto: Arquivo pessoal)

Em uma cadeira de rodas, com limitações de coordenação motora e dificuldades para falar, a bacharel em direito Flávia Cristiane Fuga e Silva, de 26 anos, vai receber sua carteira de advogada nesta quinta-feira (29) e será a primeira defensora com paralisia cerebral do estado de São Paulo.

Ela foi aprovada no exame 133 da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – SP) e com o registro na ordem pode atuar como defensora em qualquer lugar do país. Flávia mora em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo. Como o resultado do exame já foi divulgado, ela já possui o registro na OAB-SP, de número 269.203.

Mesmo com as dificuldades que enfrenta, ela foi aprovada num exame no qual 84,1% dos 17.871 inscritos não atingiram a pontuação necessária para passar. Como digita num teclado virtual e só usa a mão esquerda, a bacharel teve oito horas para fazer a segunda fase do exame, segundo a OAB, ao contrário dos colegas que possuem apenas cinco. Muitas amigas da mesma classe dela ainda não conseguiram passar na prova.


Flávia escolheu fazer o curso de direito por influência do pai, Eliezer Gomes da Silva, que é advogado e também porque queria defender seus direitos como portadora de deficiência. “Queria brigar pelo direito das pessoas portadoras de necessidades especiais que são tolhidas pela sociedade”, disse ela, por intermédio de seu pai, que ajudou na entrevista ao G1, por telefone.

A advogada afirmou também que ficou feliz ao saber que havia passado no exame, mas já esperava o resultado por ter estudado bastante. Ela cursou faculdade na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) entre 2001 e 2005 e conseguiu concluir o curso no tempo normal.

Faculdade

Como não tinha condições de anotar o que o professor dizia nas aulas, Flávia prestava atenção. Depois tirava cópia do que as colegas anotavam e estudava em casa. “Ela sempre tirou nota boa, sempre acima de sete, sabíamos que ela conseguiria passar na OAB”, disse Silva.

Indisponivel

Flávia na formatura com sua mãe, sua irmã, seu pai e um professor da faculdade (Arquivo pessoal)

Na hora da prova, segundo seu pai, os professores faziam um exame de múltipla escolha para ela poder responder mais facilmente, já que só era necessário apontar a resposta correta. Como não tem coordenação motora para usar a caneta, Flávia contava com a ajuda de alguém da família que ia até a faculdade nos dias de prova.

Flávia já trabalha junto com o pai, no escritório dele, fazendo peças jurídicas em casos de direito de família. Ela gosta mais da área de direito penal, mas desistiu segundo conta Silva, pois seria inviável trabalhar na área devido a necessidade de locomoção constante, para ir a delegacias e presídios e também porque exige que o advogado fale mais, inclusive diante de um júri.

A advogada é totalmente dependente para se locomover, comer, tomar banho, entre outras coisas. A família conta que sempre lutou pelos direitos da filha e, junto com outros pais de São José dos Campos, conseguiu que a rede pública criasse uma escola para os portadores de deficiência. Uma vez a cada seis meses, a advogada vai ao Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, para fazer tratamento.

A moça começou a estudar com sete anos de idade e nas primeiras quatro séries sentiu dificuldades e teve de fazer o período de quatro anos em sete. Depois, pegou o ritmo e conseguiu concluir o ensino médio com 21 anos.

Aceitação

Apesar das dificuldades, ela procura manter uma vida social ativa saindo com as colegas para o cinema, teatro e shopping. Quando o programa envolve restaurante, a mãe vai junto para ajudar a filha.


“No início ela tinha dificuldade de se aceitar, mas quando foi conhecendo pessoas como ela, teve força de vontade e conseguiu suplantar os problemas”, conta o pai. “Hoje em dia ela é uma moça muito contente, alegre e está sempre rindo. Tem várias amigas e até as ajuda com trabalhos jurídicos”, acrescenta.

Além do direito, Flávia também dedica seu tempo a um curso de pintura e até já expôs seus quadros no Fórum Trabalhista de São José dos Campos, em fevereiro deste ano.

fonte: G1

Ninguém dá atenção aos doentes mentais

Olhamos para a árvore e esquecemos a floresta. No caso da doença mental, os médicos concentram-se na perturbação em si, e esquecem o doente como um todo, sem se preocuparem com o seu bem-estar físico e qualidade de vida. A acusação parte da Associação Americana de Psiquiatria, foi divulgada pela BBC, e é certamente uma autocrítica, dado que são os psiquiatras o principal alvo deste estudo.

Trabalho que conclui que os doentes mentais são medicados quase exclusivamente para a doença em si, mas muito pouco acompanhados em termos de saúde geral. De tal forma que o estudo indica que mais de 50% fuma, metade sofre de hipertensão, uma percentagem elevada tem diabetes, e apenas 16% segue um regime dietético adequado.

Convenhamos que, quando sabemos que estes males estão na mira dos cuidados primários de saúde de todos os países europeus, alguma coisa acontece para que esta faixa de doentes passe completamente ao lado da vigilância médica. Aliás, o ponto de partida deste traba-lho mais alargado foi a conclusão de que 69% dos esquizofrénicos nunca tinham feito um exame de saúde completo, e que os doentes mentais vivem, em média, menos 15 anos do que o verificado no resto da população.

A doença mental é de tal maneira avassaladora para o doente e para a sua família, que é fácil que os outros «males» passarem a ter um papel secundário ou inexistente. Além do mais, a tendência é para deixar que este doente compense o seu enorme sofrimento com tabaco e alimentos doces, sem que ninguém se «atreva» a impor-lhe outras restrições. «Desde que consiga andar mentalmente equilibrado, que faça o que quiser», é o lema.

Simplesmente, dizem os especialistas, um estado físico debilitado agrava obviamente o estado mental, logo é uma inconsciência não procurar o equilíbrio geral do paciente. Compete ao psiquiatra, ou a quem medica o doente, certificar-se de que este recebe o necessário acompanhamento do seu centro de saúde, e do seu médico de família (aquele que, por cá, tantos portugueses continuam a não ter!), afirmam.

O estudo indica a importância de redobrar cuidados com a saúde dos familiares destes doentes, já que vivem sobre um stress tão pesado e permanente que haverá sequelas. Merecem, por isso, uma atenção especial, sem esquecer o acompanhamento psicológico.

fonte: Destak Portugal

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Aspirina diminuiria risco de Alzheimer

  • O uso regular de aspirinas e outros medicamentos contra a dor pode diminuir o risco das pessoas desenvolverem Alzheimer. A afirmação é de estudo publicado nesta quarta-feira na revista Neurology.


Pesquisadores da Universidade John Hopkins, na cidade americana de Baltimore, analisaram dados de seis estudos sobre 13.499 pessoas, dividas em grupos que receberam ou não as drogas. Entre aquelas que tomaram remédios como aspirina, ou com os princípios ativos buprofeno e naproxeno, o risco de desenvolver a doença foi 23% menor.

Embora os diferentes tipos de drogas contra a dor tenham propriedades variadas, elas tiveram essencialmente a mesma ação na redução do risco, disseram os pesquisadores. Eles alertam, porém, que o uso dessas drogas para precaver a doença não deve ser feito até que novos estudos sejam realizados.

O Alzheimer é uma das doenças degenerativas mais comuns em pessoas idosas.A ciência ainda tenta entender suas causas e de que fatores de risco podem ser eliminados.

fonte: Veja

Compostos presentes no chá verde protegem cérebro dos efeitos da Apneia do Sono

  • Estudo publicado no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”

Os compostos presentes no chá verde (catequinas) parecem proteger o cérebro dos danos causados pela Apneia do Sono, revela um novo estudo publicado no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”.

Uma equipa de cientistas da University of Louisville - Kentucky, nos EUA, verificou que os antioxidantes presentes no chá verde conseguiam proteger o cérebro de ratinhos macho da falta de oxigénio produzida pela Apneia do Sono.

As catequinas actuam como antioxidantes, o que significa que neutralizam os danos celulares causados pelos radicais livres (que produzem stress oxidativo).
Os cientistas avaliaram os efeitos dos polifenóis quando expuseram os animais a uma falta de oxigénio (hipóxia) de segundos ao longo de 14 dias, provocando-lhes, deste modo, stress oxidativo.

Verificou-se que os animais do grupo que recebia polifenóis na água não apresentavam sintomas decorrentes da Apneia. Ou seja, quando comparados com os ratos que receberam apenas água, os animais que consumiram polifenóis apresentaram bons resultados nas provas standard de aprendizagem e memória, que foram realizadas num labirinto aquático.

fonte: MNI

Macacos controlam braço biónico com o cérebro

  • Objectivo dos investigadores é desenvolver uma prótese que ajude as pessoas com paralisia

Usando apenas os impulsos eléctricos do cérebro, dois macacos conseguiram dirigir um braço biónico tirar uma planta de um espeto e comê-la, escreve o diário espanhol 20 Minutos. «Estão a usar uma prótese motorizada para alcançar, agarrar e aproximar a comida da boca», disse Andrew Schwartz de Universidade de Pittsburgh, cujo estudo aparece no último número da revista Nature.

Schwartz afirma que a tecnologia por trás desta proeza poderá levar à criação de extremidades controladas pelo cérebro para pessoas com lesões na espinal medula ou que sofram de doenças que tornem certas tarefas impossíveis.

Até agora, esta interacção entre o cérebro e uma máquina foi usada para controlar o movimento de um cursor no monitor de um computador. Schwartz e a sua equipa querem aplicar esta tecnologia às tarefas domésticas do mundo real.

Funcionamento

Os macacos guiam o braço da mesma forma que mexem os seus membros, através de impulsos nervosos. A equipa de Schwartz recolheu os sinais através de um eléctrodo, do tamanho de meio rebite, que tinha sido implantado no cérebro do macaco. Esses impulsos eléctricos foram amplificados e transmitidos a um computador que controla o braço electrónico.

Schwartz afirmou que a sua equipa descobriu que certos neurónios relacionados com a função motora enviam mensagens rapidamente quando o macaco queria mover-se numa certa direcção. «O importante é que cada neurónio parece ter uma direcção preferencial», disse o investigador.

Falta refinar o sistema

O cientista explicou que um macaco precisa de três dias para aprender a operar o braço e que depois continua a melhorar. Até agora a equipa treinou dois macacos que são sentados numa cadeira e atados para que usem a prótese para se alimentarem.

A meta final é conseguir desenvolver uma prótese controlada pelo cérebro que posso restabelecer as funções naturais de uma pessoa amputada ou que tenha problemas na espinal medula, que é a responsável pelos movimentos motores voluntários. No entanto, antes, desejam melhorar o sistema para que este incorpore a motricidade apurada dos dedos.

fonte: IOL

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estudo relaciona uso do celular na gravidez a hiperatividade em criança

Um estudo realizado em conjunto pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Aarhus, na Dinamarca, afirma que mulheres grávidas que usam o telefone celular podem ter mais chances de ter filhos com problemas de comportamento.

Mães de 13.159 crianças foram recrutadas durante a gravidez; quando seus filhos completaram 7 anos, em 2005 e 2006, ela responderam a um questionário sobre a saúde e o comportamento das crianças e sobre o uso do celular durante e após a gravidez e pelos filhos.

Segundo os resultados da pesquisa, as mães que usavam o celular tinham 54% mais chances de ter filhos com problemas comportamentais - como hiperatividade e dificuldades para lidar com emoções e relacionamentos ao chegar à idade escolar -, e os riscos pareciam aumentar caso o uso fosse mais freqüente. No caso das crianças que utilizavam o aparelho antes de completar os sete anos, o risco de ter dificuldades de comportamento aumenta, em média, 80%.

No entanto, os autores da pesquisa afirmam que os resultados foram inesperados e devem ser interpretados com cautela, já que esse é o primeiro estudo do tipo; assim, é preciso pesquisar mais sobre o assunto para poder estabelecar se a causa dos problemas comportamentais foi, de fato, o uso do celular.

Os pesquisadores, cujo estudo será publicado na revista especializada Epidemiology, dizem que os problemas comportamentais podem não se resultado da radiação emitida pelo aparelho, mas, sim, estarem associados à pouca atenção dada à criança pela mãe que usa o celular com muita freqüência. Caso tal teoria seja comprovada, os especialistas sugerem que "o assunto será uma questão de preocupação em termos de saúde pública devido ao uso generalizado da tecnologia".

fonte: RedePsi

Depressão e esquizofrenia impedem emissão de CNH

  • Segundo a Abramet, doenças psicológicas tornam as pessoas incapazes de dirigir.


RJTV 2ª Edição
Rede Globo
Flagrante de violência no trânsito na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)

Doenças psicológicas como depressão e esquizofrenia tornam as pessoas inaptas para dirigir veículos, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Os laudos emitidos pelo médico e pelo psicólogo podem impedir a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O documento segue a Resolução 267 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que dispõe sobre os exames de aptidão física e psicológica para motoristas.

Na semana passada, casos de violência no trânsito, no Rio de Janeiro e em São Paulo, mais uma vez tomaram conta do noticiário. Muitos motoristas acabam se envolvendo em discussões e brigas por causa de pequenos acidentes nas ruas. O G1 conversou com um médico e uma psicóloga da Abramet que explicaram como é feita a avaliação psicológica e física do candidato a motorista.

O primeiro passo para quem quiser se candidatar a tirar a CNH é escolher uma clínica credenciada pelo Departamento de Trânsito (Detran) de seu estado. A etapa seguinte é a realização do exame de aptidão física e depois a psicológica.

Avaliação psicológica

Nesta etapa, deverão ser constatados, por métodos e técnicas específicas, os processos psíquicos do candidato para tomada de informação, processamento da informação, tomada de decisão, comportamento e auto-avaliação. Os testes devem estar regulamentados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

"O candidato pode ser considerado inapto temporário se apresentar sinais de agressividade, agitação, instabilidade emocional, cansaço e exaustão. A emissão da CNH só será feita após nova avaliação. Para isso, a pessoa terá de passar por tratamento para solucionar esses diagnósticos", afirmou Raquel Almqvist, especialista em psicologia de tráfego.

"Se a pessoa apresentar características de agressividade, impulsividade e depressão acentuadas e psicopatologias como esquizofrenia, que engloba distúrbios bipolares, fobias, síndrome do pânico e paranóia, ela será considerada inapta a dirigir um veículo", disse Raquel.

A avaliação psicológica é feita para a emissão da primeira CNH. Nas renovações do documento, apenas motoristas profissionais se submetem ao teste.


Avaliação física

"O candidato responde a um questionário, cujo conteúdo será avaliado pelo médico perito. Em seguida, passa por exame sensorial (visão e audição), neurológico, cardiovascular e de sono (para as categorias C,D e E)", disse Alberto Sabbag, médico e diretor da Abramet.

A avaliação também determina se há a necessidade de adaptação do carro de acordo com a dificuldade de locomoção da pessoa. O exame é concluído com a avaliação morfológica e de faces. "Analisamos se ela tem perturbações de atenção, de concentração e indícios de uso de drogas. Além disso, procuramos sinais como coloração da pele ou deformidades que possam constituir risco para a direção de um carro", afirmou Sabbag.

Dependendo do resultado do laudo, o médico pode pedir exames complementares, que terão de ser feitos pelo candidato em clínicas particulares.

A avaliação física é feita para a emissão da primeira CNH e para as renovações do documento, a cada cinco anos.


No Rio de Janeiro

Na noite de sexta-feira (23), um motorista agrediu o pedestre André Luis Reuter Lima, de 45 anos, com uma chave de rodas, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A vítima está com coma e respira com a ajuda de aparelhos. O motorista fugiu.

No sábado (24), a violência no trânsito fez outra vítima no Rio. O motoboy Marcelo Amorim de Lima, de 24 anos, foi morto com um tiro na barriga após discutir com um motorista no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O motorista fugiu.


Em São Paulo

SPTV  1ª Edição
Rede Globo
Briga de trânsito termina em morte na Zona Sul de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Na madrugada de sábado (24), um rapaz de 18 anos morreu após levar um tiro durante uma briga de trânsito na região do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo. Alexandre Andrade Reyes voltava com um colega de uma reunião na casa de uma amiga.

Em 11 de março, dois homens foram baleados após uma discussão de trânsito no Jardim Marajoara, na Zona Sul de São Paulo. Um dos feridos chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

fonte: G1

terça-feira, 27 de maio de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Hormônio pode acabar com medo de ser traído, diz estudo

  • Cientistas encontram área no cérebro que controla a confiança e a desconfiança.
    Dose de oxitocina é capaz de aumentar 'vontade' de confiar em alguém.


Se fosse possível garantir que você nunca sentiria a dor de uma traição com apenas um remédio, mas o efeito colateral fosse você confiar cegamente em alguém – valeria a pena? Pode parecer impossível agora, mas um grupo de pesquisadores acredita que no futuro pode ser possível garantir a confiança de alguém com apenas um hormônio: a oxitocina.

A equipe de Thomas Baumgartner, da Universidade de Zurique, Suíça, identificou a área do cérebro que controla a confiança – e também a desconfiança. Isso foi possível através de dois jogos com um grupo de voluntários, cujos cérebros foram monitorados.

Os dois envolviam basicamente a mesma premissa: os participantes teriam que disponibilizar dinheiro, que podia ser investido e retornado ou então roubado. No primeiro havia uma pessoa que decidia investir o valor ou então quebrar a confiança do voluntário e ficar com tudo. No segundo, um computador decidia aleatoriamente quem receberia o investimento de volta ou quem não receberia.

Durante o teste, os participantes também tomaram doses de oxitocina, que já era conhecida por aumentar a “vontade” das pessoas de confiar em outras.

Os resultados mostraram que o hormônio era capaz de reduzir a atividade cerebral nas áreas que controlam as sensações de medo e perigo e das que administram o comportamento futuro de acordo com a possibilidade de receber uma recompensa. No entanto, isso só acontecia durante o primeiro jogo, que envolvia confiança – não no segundo, que trabalhava apenas com o risco.

A descoberta ajuda os cientistas a entender um pouco mais onde surge, no nosso cérebro, problemas neurológicos que afetam o comportamento social como fobias ou até o autismo.

O medo exagerado de ser traído geralmente é o primeiro sintoma de fobia social, um problema mental que pode, em casos mais graves, fazer o paciente se isolar ao extremo e simplesmente não sair de casa ou interagir com outros. Nesses casos, a oxitocina pode se mostrar uma opção de tratamento.

fonte: G1

FELICIDADE SEM REMÉDIOS É TEMA DE CONGRESSO

  • A busca pela sensação de bem-estar sem a necessidade de ansiolíticos ou antidepressivos, chamada de psicologia positiva, será apresentada durante o 4º Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções, que vai reunir mais de 2 mil psiquiatras e neurocientistas

É possível conquistar bem-estar e sensações prazerosas sem a utilização de remédios, mesmo quando passamos por períodos de depressão e tristeza? Para o psiquiatra Hermano Tavares, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, a resposta para essa pergunta está na chamada psicologia positiva, vertente norte-americana ainda pouco utilizada no Brasil. "A psiquiatria ainda é muito baseada em medicamentos e isso precisa mudar", afirma Tavares.

A discussão sobre a busca do bem-estar e, conseqüentemente, da sensação de felicidade sem remédios, será um dos grandes destaques do 4º Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções, que acontece entre os dias 21 e 24 de maio, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. O evento vai reunir 2 mil psiquiatras, neurocientistas, psicanalistas e geriatras, que estarão trocando experiências sobre diversos temas da prática clínica que envolvem as principais funções que regem nosso organismo e sentimentos.

Segundo Tavares, a psicologia positiva é baseada na utilização de atividades que possam proporcionar sensações de bem-estar e prazer, como meditação, prática de atividade física, relações com as artes e até no sexo. "Quando você tem uma sensação de prazer, proporcionada por uma relação sexual, por exemplo, isso também traz benefícios para sua saúde mental", completa. "As pessoas buscam, cada vez mais, serem bem-sucedidas, querem a todo custo a felicidade, mas muitas vezes precisam ser excitadas ou estar relaxadas. Felicidade é, sem dúvida, um estado puro e isso pode ser alcançado com experiências de vida e sem o auxílio de medicamentos tradicionais", conclui.

Sobre o 4º Congresso Brasileiro, Cérebro, Comportamento e Emoções

O 4º Congresso Brasileiro Cérebro, Comportamento e Emoções vai reunir 2 mil psiquiatras, neurologistas, geriatras e psicanalistas de todo o país, que estarão durante quatro dias apresentando novas pesquisas e discutindo diversos temas relacionados à saúde mental, como importância da felicidade para bom funcionamento cerebral, novas perspectivas de tratamento da depressão, mentirosos compulsivos, como identifica-los?, entre outros temas. O evento também contará com a presença do neurocientista Adrian Raine, professor do Departamento de Psicologia da Universidade do Sul da Califórnia, que realiza pesquisas analisando o cérebro de serial killers e mentirosos compulsivos.

fonte: Segs Portal

MS atendeu quase 700 mil pacientes em medicina alternativa

Em 2007, foram realizadas no Centro de Especialidades Médicas (CEM) da Capital, 385 mil consultas com médicos acupunturistas e 312 mil com homeopatas. A medicina alternativa que faz parte do Sistema Único de Saúde desde 2006 tem sido tão procurada que causou espera e grande volume de atendimentos.

“A medicina alternativa é importante como as outras. Toda forma de promoção e prevenção da saúde humana é importante. A medicina alternativa que é de origem chinesa já foi muito questionada, mas acabou incluída entre práticas de consulta e medicamentos do SUS”, esclareceu o diretor de atenção à saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Antonio Lastoria, à equipe do Primeira Notícia da FM 104,7.

Em relação ao grande número de atendimentos, o médico aponta a migração de outros sistemas para o SUS como principal causa. “Como a procura está sendo muito grande, estamos estabelecendo prioridades. Muitas pessoas já eram adeptas da acupuntura ou da homeopatia e resolveram recorrer ao sistema público. Por causa dessa inserção tem havido demora”, justificou.

No Estado, acupuntura, homeopatia, termalismo e fitoterapia são oferecidos pelo SUS apenas no CEM de Campo Grande.

fonte: MS Notícias

Toxina botulínica é usada como forma de tratamento (de enxaqueca)

Aos portadores da enxaqueca refratária, um alento: um estudo recente realizado pela equipe de Divisão de Neurologia e Epidemologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) aponta que o problema pode ser tratado com o uso da toxina botulínica. Um outro estudo desenvolvido pelo mesmo grupo constatou ainda que, comparada a outros medicamentos usuais no tratamento da enxaqueca, a toxina apresentou resultados semelhantes e com a vantagem de não apresentar efeitos colaterais.

De acordo com o coordenador da Divisão de Neurologia e Epidemologia da Ufba, professor Ailton Melo, como os estudos são recentes, a prática ainda não foi bem difundida, mas já apresenta bons resultados. Para sanar dores de cabeça crônicas, a toxina botulínica é adotada de duas formas. Em uma das técnicas, as injeções são aplicadas nos pontos dolorosos determinados através da palpitação do crânio. Já a segunda prevê a aplicação em pontos fixos da testa, crânio e nuca. Como o tratamento apenas alivia os sintomas, é necessário realizar novas sessões em média a cada quatro meses.

Custo alto - No entanto, o neurologista Ailton Melo informa que alguns pacientes conseguiram a melhora definitiva da dor depois de três a quatro aplicações. Além de relaxar a musculatura, a toxina botulínica age antagonizando a liberação dos neurotransmissores que sensibilizam o cérebro e causam os efeitos da enxaqueca. Cada aplicação custa em média R$1.400. “É uma droga cara e como os estudos são recentes, o governo ainda não aprovou o tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou o especialista.

Há várias teorias sobre o que causa a enxaqueca. Algumas delas alegam que o problema ocorre quando nervos são presos por determinados músculos. A doença acomete cerca de 20% das mulheres. Ela começa a se manifestar na infância, tem o pico na adolescência e vida adulta. Com o avanço da idade costuma diminuir a freqüência. De acordo com Melo, a cefaléia é considerada crônica quando ocorre em mais de 15 dias por mês e resiste a mais de três tipos diferentes de medicação. O uso terapêutico da toxina botulínica data do início da década de 70, mas só ao final da década de 90 é que foi constatada a sua eficácia no combate à dor.

fonte: Correio da Bahia

Idosos utilizam jogos para tentar manter mente ativa

Manter a cabeça ativa é uma estratégia para evitar a perda de memória em idosos e minimizar ou adiar o aparecimento de demências. Apostando nisso, empresas de eletrônicos têm colocado no mercado jogos on-line ou de videogame voltados a esse público.

Atividades que antes eram feitas apenas no papel, como cruzadinhas, sudoku e variados exercícios para treinar a mente agora podem ser feitos em aparelhos eletrônicos.

Kevin Lamarque/Reuters
Idosos assistem colega "jogar boliche" no videogame Wii; produtos oferecem "treinamento cerebral" com o intuito de melhorar memória
Idosos assistem colega "jogar boliche" no videogame Wii; produtos oferecem "treinamento cerebral" com o intuito de melhorar memória

Diversas pesquisas foram realizadas para comprovar os benefícios dos jogos. Muitas delas, com patrocínio das próprias empresas fabricantes. Porém, médicos ligados à saúde dos idosos ouvidos pela Folha questionaram até que ponto os produtos podem melhorar o funcionamento cognitivo.

Eles defendem que os jogos e outras atividades ajudam a preservar a mente, mas que os benefícios são restritos.

Produtos

Uma das empresas a perceber o filão foi a Nintendo, que lançou jogos como o Brain Age. Nele, o usuário pode acompanhar uma partitura, identificando as notas, fazer o troco de valores em dinheiro, escrever as palavras que escuta e memorizar uma ordem de números para depois lembrá-la.

Conforme o desempenho, o jogo diz se o cérebro do usuário está em forma ou não.

Depois dele, a linha "brain gym" (ginástica cerebral) ganhou concorrentes, como o MindFit e o Brain Fitness Program. Este último, vendido nos EUA, tem como slogan "seus netos irão lhe agradecer".

Já o MindFit foi tema de uma pesquisa recente sobre jogos. Divulgada em 2007 por pesquisadores em Israel, ela mostrou que os usuários do MindFit e de videogames clássicos tiveram melhoras na memória especial de curto prazo e na atenção. O estudo foi patrocinado pela fabricante CogniFit e envolveu 121 voluntários.

Mas foi outra pesquisa, divulgada em 2006, que chamou em especial a atenção dos médicos.

Comandada por institutos de saúde do governo americano, o estudo avaliou 2.832 pessoas e constatou que os que receberam treinamento de raciocínio, treino de velocidade ou memória tiveram desempenhos melhores em exercícios que um grupo controle --que não recebeu treinamento. Eles foram melhores até cinco anos depois.

Os resultados vão no mesmo sentido do que diz Carlos Paixão, da Sociedade de Geriatria do Rio de Janeiro. Para ele, jogos e outras atividades "podem melhorar a memória nessas pessoas que têm transtornos cognitivos que não são considerados demência".

Porém, segundo ele, não há nenhum trabalho realmente sério até hoje que mostre que a estimulação cognitiva previna o aparecimento de demências. Sonia Brucki, médica da Academia Brasileira de Neurologia, também diz que jogos eletrônicos têm a mesma propriedade que outras atividades por manterem a mente da pessoa ativa de alguma forma.

"A atividade pode ajudar aumentando as sinapses entre os neurônios. Ajuda a evitar a perda de memória e algumas doenças degenerativas e pode postergar o aparecimento de outras. Mas não pode ser em excesso. E se o paciente tiver que ter uma doença como o Alzheimer, vai ter de qualquer jeito."

Sonia diz que, treinando com jogos, o usuário pode ficar mais veloz em perceber um estímulo visual na tela, mas isso não quer dizer que ficará mais rápido em outras atividades do cotidiano. "Quem garante que vai deixar o reflexo mais rápido no carro. É muito mais interessante tentar lembrar uma notícia do que ficar lendo um computador", afirma. Entre as atividades recomendadas pela médica estão palavra-cruzada, sudoku e jogo da memória.

On-line

Além do videogame, a internet é também terreno vasto para proliferação desse tipo de jogos, a maioria voltados ao público em geral. Um deles, o www.brainbuilder.com promete resultados em poucos meses. Há também sites em português com jogos de raciocínio, sem a promessa de melhorar a memória, entre eles o rachacuca.com.br.

fonte: Folha On Line

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Guidelines for the Initial Management of Metastatic Brain Tumors: Role of Surgery, Radiosurgery, and Radiation Therapy CME

Posted 05/23/2008

Matthew G. Ewend, MD; David E. Morris, MD; Lisa A. Carey, MD; Alim M. Ladha, MD; Steven Brem, MD

Abstract

Brain metastases are an increasingly important determinant of survival and quality of life in patients with cancer. Current approaches to the management of brain metastases are driven by prognostic factors, including the Karnofsky Performance Status, tumor histology, number of metastases, patient age, and status of systemic disease. Most brain metastases are treated with radiosurgery, computer-assisted surgery, or whole brain radiation therapy. Remarkable advances in computer-assisted neuronavigation have made neurosurgical removal of metastases safer, even in eloquent areas of the brain. Computerization also enhances the efficacy and safety of conformal radiosurgery planning using various modern stereotactic radiosurgery (SRS) technologies, including newer frameless-based systems. Controversial issues include whether to defer whole brain radiotherapy (WBRT) in patients undergoing SRS or image-guided surgery and when to use SRS “boost” in a patient undergoing WBRT. The determination of how best to apply these treatments for individual patients cannot be standardized to a single paradigm, but data from well-controlled studies help physicians make informed decisions about the benefits and risks of each approach.
leia o texto na íntegra gratuito clicando aqui

Tecnologia permite mapeamento das funções cerebrais


Quando acendemos uma lanterna sobre a mão, é possível perceber que a luz consegue atravessar alguns centímetros de pele. Será que essa luz pode ser usada para “enxergar” por dentro do corpo? Isso é possível utilizando-se um sistema chamado de Imageamento Óptico Difuso (DOI, na sigla em inglês), que não é invasivo e tem sido utilizado cada vez mais em neurociências. Trata-se de uma técnica de estudos ópticos que usa laser preferencialmente, mas também pode ser obtida, no caso de animais, com lâmpadas especiais e filtros.
No Brasil, a Unicamp será a primeira instituição de pesquisa a ter um equipamento desde tipo. O sistema para realização de medidas ópticas está sendo adquirido pelo grupo de Neurofísica do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da universidade, junto à TechEn Inc., uma das empresas americanas líderes na sua fabricação, e deverá estar disponível para utilização a partir de maio.
Desde o final dos anos 1990, tem havido um aumento do número de pesquisas com óptica difusa em estudos de mapeamento cerebral. Basicamente, a idéia é fazer incidir uma luz laser de baixa potência sobre o couro cabeludo (escalpo) e detectá-la a alguns centímetros de distância. “Se o comprimento de onda da luz está na região do infravermelho próximo, então esta luz pode penetrar sobre o escalpo e atingir o córtex cerebral”, explica Rickson Mesquita, aluno de doutorado do IFGW.
O caminho percorrido pela luz depende da concentração de cromóforos (células com grânulos coloridos) na região, principalmente oxi-hemoglobina e deoxi-hemoglobina, que são frações das células vermelhas do sangue. A variação de concentração destes cromóforos faz a intensidade da luz no detector variar, e esta variação é utilizada para inferir a ativação cerebral em estudos funcionais cerebrais. Essa técnica é chamada de espectroscopia óptica no infravermelho. Além disso, também é possível acompanhar a dinâmica temporal da concentração desses cromóforos e localizá-los espacialmente no cérebro, por meio da tomografia óptica difusa.
Comparada com outras técnicas utilizadas para este tipo de estudo, como a ressonância magnética funcional ou a tomografia por emissão de pósitrons, o DOI que será usado na Unicamp tem alta resolução temporal, da ordem de milisegundos, embora não consiga atingir uma resolução espacial tão boa quanto a ressonância magnética funcional. Hoje em dia, as bases dessa técnica estão bem definidas e a maior parte dos estudos têm se concentrado em explorar a boa resolução temporal para estudar a dinâmica cerebral e relações neuro-vasculares.
Segundo Mesquita, que trabalhou com o equipamento como pesquisador temporário no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, em 2007, por se tratar de uma técnica relativamente simples, muito dinheiro tem sido investido no acoplamento de DOI com outras técnicas utilizadas em neurociência, como ressonância magnética funcional, eletroencefalografia ou magnetoencefalografia, permitindo assim medidas simultâneas com diferentes aspectos neurofisiológicos.
“A junção de características como a alta resolução temporal de DOI com a alta resolução espacial de ressonância magnética funcional permite a análise de dados com qualidade não disponível em apenas uma técnica”, explica. “Vários estudos têm se destacado nessa busca, principalmente porque isso pode significar uma maior clarificação do metabolismo cerebral, como o consumo metabólico de oxigênio durante uma atividade ou até mesmo estudos de auto-regulação cerebral, ou disfunções associadas, como epilepsia e derrames”, diz.
A literatura científica em imageamento óptico difuso aumenta a cada ano. Devido à alta resolução temporal e à possibilidade de realizar medidas intracranianas em animais como ratos, esta técnica vem sendo amplamente utilizada para estudar a relação neuro-vascular-metabólica em neurofisiologia. Estudos recentes demonstram a relação entre atividade neuronal e parâmetros vasculares, alguns deles tentando inclusive explicar sinais controversos em ressonância magnética.
Por ainda não ser uma técnica clínica, todas as pesquisas envolvendo DOI são feitas em laboratórios de pesquisa em neurociências. Vários laboratórios do mundo contam com este tipo de equipamento, com destaque para locais que são referências no assunto, como o Hospital Geral de Massachusetts, a Universidade da Califórnia e a Universidade de Columbia, todos nos Estados Unidos, além de outros laboratórios na Europa, principalmente na Inglaterra e na Alemanha.
Mesquita avalia que, por serem equipamentos exclusivamente de pesquisa - pelo menos por enquanto - e extremamente portáteis (não medem mais que 0,7 cm3), um único pesquisador bem treinado pode realizar medidas nessa área. Como também não são equipamentos caros - o preço de um equipamento destes varia entre US$ 70 mil e US$ 300 mil, aproximadamente - e a relação custo-benefício tem se mostrado alta, vários financiamentos têm sido fornecidos para o desenvolvimento de estudos em DOI, dentre os quais se destacam os do National Institute of Health (NIH), principal órgão de fomento à pesquisa de saúde norte-americano, obtidos por diversos grupos de pesquisa daquele país, e investimentos de empresas privadas para a comercialização dos equipamentos. Esse tipo de sistema mostra-se promissor como uma ferramenta de uso clínico relacionado ao estudo da função cerebral. Pesquisadores já avaliam seu uso na prevenção e tratamento de convulsões e desordens psiquiátricas como a depressão, doença de Alzheimer e esquizofrenia.
No Brasil, o Programa de Cooperação Interinstitucional de Apoio à Pesquisa sobre o Cérebro (CInAPCe), da Fapesp, prevê parte de sua verba destinada à Unicamp com o uso de um equipamento óptico, além de bolsas de estudo para alunos e pesquisadores que estudam aplicações em DOI. “Os principais projetos que pretendemos desenvolver, a partir do mês que vem, envolvem aplicações multi-modais simultâneas em pacientes com epilepsia, além de estudos básicos da relação neuro-vascular”, adianta Mesquita.


Pesquisa revela aumento no número de mulheres alcoolistas


Um estudo publicado na revista científica Drug and Alcohol Dependence e recentemente divulgado no Brasil pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), afiram que houve uma redução significativa da diferença entre as quantidades de homens e mulheres no abuso e na dependência de álcool.

Até a realização da pesquisa, a informação conhecida era de que, na população americana, os homens bebiam mais e tinham mais chances de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool. Por isso, a pesquisa analisou a aproximação entre os gêneros quanto ao padrão de uso de bebidas, com ênfase no "binge drinking" - beber exageradamente em uma única ocasião - bem como prevalência de abuso e dependência.

Foram entrevistadas 43 mil pessoas, com mais de 18 anos, nos Estados Unidos, por meio de um questionário estruturado sobre os critérios diagnósticos de abuso e dependência do Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (DSM-IV, na sigla em inglês). A amostra foi dividida em quatro categorias, conforme o ano de nascimento dos entrevistados.

Segundo os autores da pesquisa, os homens consomem maior número de doses de álcool em ocasiões específicas. No entanto, a proporção de uso entre homens e mulheres diminuiu ao longo do tempo, caindo de 2,91% (para os nascidos entre 1913 e 1932) para 2,10% (de 1968 a 1984). Já a freqüência de "binge drinking" aumentou entre as pessoas de ambos os sexos. A proporção homem/mulher tem diminuído, passando de 10,55% (entre 1913 e 1932) para 2,66% (entre 1968 e 1984).

A continuidade da dependência na vida do entrevistado também aumentou para ambos os gêneros, mas a proporçao entre homens e mulheres diminuiu de 5,07% (de 1913 a 1932) para 1,97% (de 1968 a 1984), assim como o abuso do álcool, de 7,14% (entre 1933 e 1949) para 1,63% (de 1968 a 1984). Houve uma aproximação da taxa de abstinência, que sempre foi maior entre as mulheres.

Para os pesquisadores, o período de nascimento tem um efeito importante sobre a influência dos gêneros nas diferentes medidas de consumo de álcool e nas desordens relacionadas. Embora a participação dos homens tenha sido maior em todos os comportamentos e transtornos, tem-se testemunhado uma convergência entre os gêneros, especialmente em períodos mais recentes. Aspectos biológicos e sociais, como a maior aceitação do álcool pela mulher, atualmente, podem explicar essas transformações.

Outro resultado que chama a atenção é que o comportamento do "binge drinking", que diminuiu entre os homens, tem aumentado entre as mulheres, indicando a necessidade de se desenvolver medidas de prevenção e tratamento específicos. Na opinião dos autores do estudo, pesquisas que examinem fatores socioculturais que encorajam a expressão de abuso e dependência do álcool entre as mulheres devem ser incentivadas.

fonte: RedePsi

YouTube: Vídeos de ataques epilépticos geram protestos

  • A Sociedade Nacional para a Epilepsia da Grã-Bretanha (NSE) criticou a divulgação, através do YouTube, de vídeos de pessoas a terem convulsões, afirmando que algumas das imagens servem apenas para satisfazer o «voyeurismo» dos cibernautas.

No site de partilha de vídeos, foram publicados vários vídeos de ataques epilépticos reais e outros fingidos, tendo alguns ficheiros sido visitados por mais de 70 mil pessoas, um fenómeno comparado, pela NSE, aos espectáculos de aberrações populares que aconteciam durante o século IXX.

A organização revelou a preocupação de que algumas das imagens tenham sido colocadas no YouTube sem a permissão das pessoas envolvidas, já que, ao que parece, há imagens gravadas na rua, através de telemóveis, durante convulsões de «desconhecidos», e outras parecem ser feitas durante consultas médicas, explica a neuropsicóloga da NSE, Sallie Baxendale.

Os comentários aos vídeos foram, em geral, solidários, mas uma minoria sugeriu que o paciente poderia estar possuído e a precisar de um exorcismo. A médica, contudo, afirma não ter a certeza se as imagens divulgadas «são boas ou más», mas declara que, dependendo dos objectivos, poderia ser usadas para aumentar os conhecimentos da sociedade sobre o problema.

O YouTube anunciou que analisou e retirou o material, que considerou «inapropriado» e, portanto, «irregular em relação às políticas do site», de acordo com um porta-voz da página. «Quando os utilizadores denunciam conteúdo impróprio, analisamos os ficheiros o mais rápido possível, explicou o responsável, acrescentando que, «caso os membros desrespeitem os termos de uso várias vezes, as suas contas são desactivadas».

fonte: Diário Digital

Avaliação Neuropsicológica: estudos atuais na normatização e validação de testes no Brasil


Agência FAPESP – Avaliação Neuropsicológica: estudos atuais na normatização e validação de testes no Brasil será o tema do simpósio que ocorrerá nos dias 9 e 10 de maio, em São Paulo.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNp), o evento tem o objetivo de propor discussões sobre instrumentos de avaliação em psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

“Modelo psicobiológico de personalidade através do inventário de temperamento e caráter”, “Teste breve de performance cognitiva”, “Avaliação da impulsividade cognitiva através da versão brasileira do Iowa Gambling Task” e “Avaliação da consciência fonológica” serão alguns temas em análise.


fonte: Agência Fapesp

Professoras da UFF participam de projeto gráfico para combater tabagismo

As professoras do Departamento de Fisiologia e Farmacologia do Instituto Biomédico da UFF Letícia de Oliveira e Mirtes Garcia Pereira Fortes participaram do grupo de estudo que elaborou o "Projeto de desenvolvimento e implementação das novas imagens e advertências impressas nos maços de cigarros". O trabalho produziu e selecionou fotos e mensagens de advertências sanitárias de combate ao tabagismo, para utilização nas embalagens de produtos de tabaco comercializados no Brasil com base no impacto emocional em jovens de 18 a 24 anos.

Além das professoras, que atuam no Laboratório de Neurofisiologia do Comportamento da UFF, o grupo é formado ainda por pesquisadores do Inca, da Anvisa, do Laboratório de Neurobiologia da UFRJ e do Departamento de Artes & Design da PUC-RJ. O desenvolvimento da pesquisa proporcionou, pela primeira vez, estudo científico que permitiu a avaliação das advertências gráficas impressas nos maços de cigarros produzidos no Brasil, disponibilizando dados para o Ministério da Saúde (MS) sobre a reatividade emocional e comportamental de voluntários.

O MS lançará as novas imagens produzidas pelo grupo de trabalho no dia 27 de maio, em Brasília, com a presença de representantes de cada instituição participante do projeto. Outras informações com a professora Letícia de Oliveira pelo telefone (21) 2629-2446.

fonte: Universia Brasil

Curso ensina hipnose para médicos e psicólogos

As aplicações da hipnose durante os procedimentos médicos, atendimentos psicológicos e nos tratamentos dentários serão debatidas neste final de semana em um curso oferecido pelo Instituto Corpo e Mende para profissionais das três especialidades.

As informações serão repassas pelos especialistas Alaor Cardoso, psicólogo e presidente do Instituto de Intervenções Axiais Sistêmicas e Alcimar José Vidolin, medico e autor do livro Hipnose– Alterando e Desenvolvendo a Consciência.

No sábado, o assunto em pauta é a hipnose clássica. Já no domingo, serão debatidas as técnicas modernas da prática, com a realização de exercícios práticos supervisionados. Entre os temas, questões éticas, os cuidados fundamentais, casos clínicos e o tratamento das psicopatologias.

Serviço:
Curso de Hipnose Aplicada
Dias: 17 e 18 de Maio (Sábado e Domingo)
Horário: 08:00h as 12:00h e das 14:00h as 18:00h.
Local: Hospital Alfa (Boa Viagem)
Investimento: R$ 800,00 a vista ou 2x de R$ 500,00.
Material Didático incluso: Apostila, CD, DVD e certificado.

fonte: Pernambuco.com

Parlamento alemão autoriza aumento de mais pesquisas com células embrionárias

  • Berlim, 23 mai (EFE).- A câmara alta do Parlamento alemão autorizou a lei autorizando os cientistas do país a realizar mais experiências com células-tronco embrionárias, aprovada há um mês.

Naquela votação, o Parlamento alemão se pronunciou a favor de ampliar o calendário para pesquisas com este material genético.

A legislação atual só permite testar células embrionárias procedentes do exterior, mas apenas se obtidas e armazenadas antes de 1º de janeiro de 2002.

A lei, aprovada agora também pela Câmara Alta, estende a data até 1º de maio de 2007.

Com isso, os membros da Câmara regional atenderam ao pedido comunidade científica, que tinha pedido a revisão do procedimento porque as linhas de células anteriores a 2002 são insuficientes e de muito pouca utilidade em termos de pesquisa.

Cientistas alegam que só poderão conseguir avanços substanciais na luta contra doenças como o Mal de Parkinson e diabetes através de mais pesquisas com células embrionárias.

fonte: Último Segundo

Erro no cérebro pode explicar comportamento violento

  • Cientista comparou tomografias de criminosos e pessoas normais.
    Pesquisador acredita que deve ser possível intervir para evitar crimes.

Onde estão as raízes da violência? Segundo pesquisador inglês, genética, funcionamento cerebral alterado e meio ambiente geram comportamentos anti-sociais.


Adrian Raine apresentou, no IV Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, trabalhos que mostram diferenças de padrões de funcionamento de determinadas áreas do cérebro em indivíduos comuns e assassinos.


O congresso que está acontecendo em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, reúne neurologistas, psiquiatras, psicólogos e neurocientistas do Brasil e do exterior.

O cientista apresentou imagens obtidas por Tomografia por Emissor de Pósitrons (PET) de indivíduos comuns e de criminosos contumazes, bem como de mentirosos patológicos. Os exames evidenciaram que áreas do cérebro humano são ativadas de maneira diferente nesses casos.

As regiões do lobo pré-frontal, região ligada ao controle das emoções e à capacidade de discernimento moral, se apresentam como áreas menos ativas nos sociopatas. Além dessas regiões, outras como amígdala cerebral e hipocampo atuam em conjunto quando precisamos avaliar nossos atos.

A capacidade de julgamento sobre o que é certo e errado faz parte da evolução das sociedades humanas e os conceitos de moralidade e regras de convivência têm raízes emocionais e conscientes.

O fator ambiental

A importância do ambiente na formação dos indivíduos violentos foi comprovada por pesquisas desenvolvidas pelo grupo da Universidade da Pensilvânia. Esses trabalhos detectaram que deficiências nutricionais e falta de estímulo cognitivo em crianças de 3 a 5 anos de idade contribuem para maiores chances de um desfecho ruim da formação desses adultos.

Todos esses fatores não explicam isoladamente atos violentos, especialmente quando esses atos partem, de indivíduos aparentemente insuspeitos. Segundo Raine, que estuda a violência há mais de trinta anos não se pode estigmatizar pessoas por apresentarem padrões de ativação cerebral, diferente dos indivíduos comuns. O que deve ser proposto são intervenções precoces que possam evitar resultados desastrosos quando fatores genéticos, sociais e neurofuncionais se juntam.


fonte: G1

Estudo sugere que bebês amamentados ao seio têm desenvolvimento cognitivo superior aos demais

Breastfeeding and Child Cognitive Development - New Evidence From a Large Randomized Trial

Michael S. Kramer, MD; Frances Aboud, PhD; Elena Mironova, MSc; Irina Vanilovich, MD, MSc; Robert W. Platt, PhD; Lidia Matush, MD, MSc; Sergei Igumnov, MD, PhD; Eric Fombonne, MD; Natalia Bogdanovich, MD, MSc; Thierry Ducruet, MSc; Jean-Paul Collet, MD, PhD; Beverley Chalmers, DSc, PhD; Ellen Hodnett, PhD; Sergei Davidovsky, MD, MSc; Oleg Skugarevsky, MD, PhD; Oleg Trofimovich, BSc; Ludmila Kozlova, BSc; Stanley Shapiro, PhD; for the Promotion of Breastfeeding Intervention Trial (PROBIT) Study Group

Arch Gen Psychiatry. 2008;65(5):578-584.

Context The evidence that breastfeeding improves cognitive development is based almost entirely on observational studies and is thus prone to confounding by subtle behavioral differences in the breastfeeding mother's behavior or her interaction with the infant.
Objective To assess whether prolonged and exclusive breastfeeding improves children's cognitive ability at age 6.5 years.

Design Cluster-randomized trial, with enrollment from June 17, 1996, to December 31, 1997, and follow-up from December 21, 2002, to April 27, 2005.

Setting Thirty-one Belarussian maternity hospitals and their affiliated polyclinics.

Participants A total of 17 046 healthy breastfeeding infants were enrolled, of whom 13 889 (81.5%) were followed up at age 6.5 years.

Intervention Breastfeeding promotion intervention modeled on the Baby-Friendly Hospital Initiative by the World Health Organization and UNICEF.

Main Outcome Measures Subtest and IQ scores on the Wechsler Abbreviated Scales of Intelligence, and teacher evaluations of academic performance in reading, writing, mathematics, and other subjects.

Results The experimental intervention led to a large increase in exclusive breastfeeding at age 3 months (43.3% for the experimental group vs 6.4% for the control group; P < .001) and a significantly higher prevalence of any breastfeeding at all ages up to and including 12 months. The experimental group had higher means on all of the Wechsler Abbreviated Scales of Intelligence measures, with cluster-adjusted mean differences (95% confidence intervals) of +7.5 (+0.8 to +14.3) for verbal IQ, +2.9 (–3.3 to +9.1) for performance IQ, and +5.9 (–1.0 to +12.8) for full-scale IQ. Teachers' academic ratings were significantly higher in the experimental group for both reading and writing.

Conclusion These results, based on the largest randomized trial ever conducted in the area of human lactation, provide strong evidence that prolonged and exclusive breastfeeding improves children's cognitive development.

Trial Registration isrctn.org Identifier: ISRCTN37687716

Author Affiliations: Departments of Pediatrics (Drs Kramer, Platt, and Fombonne), Epidemiology and Biostatistics (Drs Kramer, Platt, Collet, and Shapiro and Mr Ducruet), Psychology (Dr Aboud), and Psychiatry (Dr Fombonne), McGill University, Montreal, Quebec, Canada; National Research and Applied Medicine Mother and Child Centre, Minsk, Belarus (Mss Mironova and Kozlova, Drs Vanilovich, Matush, Igumnov, Bogdanovich, Davidovsky, and Skugarevsky, and Mr Trofimovich); and Department of Epidemiology and Community Health, Queen's University, Kingston (Dr Chalmers) and Faculty of Nursing, University of Toronto, Toronto (Dr Hodnett), Ontario, Canada.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tratamento de hipertensão arterial no per-operatório com betabloquedores aumenta risco de AVC, diz estudo da The Lancet

Uma pesquisa publicada na revista médica "The Lancet" diz ter detectado perigos graves associados ao uso dos chamados betabloqueadores durante cirurgias. Essa classe de medicamentos tem, entre outras aplicações, a prevenção de ataques cardíacos durante procedimentos cirúrgicos. No entanto, pesquisadores liderados por Philip Devereaux, da Universidade McMaster (Canadá), afirmam que eles podem praticamente dobrar o risco de derrames e morte ao longo das operações.
"Isso significa que, ao longo da última década, 800 mil pessoas teriam morrido prematuramente e 500 mil sofrido um derrame. O índice de mortes é o de uma guerra mundial", afirmou Devereaux ao jornal britânico "The Independent". Para ser exato, os dados levantados pelos pesquisadores indicam que os betabloqueadores fazem o risco de derrame (acidente vascular cerebral) de 0,5% para 1% e o de morte de 2,3% para 3,1% durante cirurgias. O uso dessas drogas é recomendado pelo Colégio Americano de Cardiologia, mas, segundo a nova pesquisa, elas poderiam reduzir catastroficamente a pressão arterial dos pacientes operados.
Outros pesquisadores afirmam que é preciso levar em consideração o uso dos betabloqueadores caso e caso, além de considerar que o número de 800 mil mortes proposto pelos cientistas canadenses está superestimado.
fonte: Dataworks

Zagueiro se recupera de AVC e lamenta ausência em amistosos

SÃO PAULO - O ex-zagueiro Márcio Santos, 38 anos, integrante da Seleção Brasileira que venceu a Copa do Mundo de 1994, recupera-se bem de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e lamentou o fato de não jogar pela equipe do tetra em jogos amistosos marcados na Europa.
De acordo com a mulher do ex-jogador, a advogada Cândida Cravensoli, ele pode receber alta ainda nesta quarta-feira de um hospital em Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina, onde permanece internado desde o último sábado, dia 19.
- Ele vai ser submetido a um ultrasom da carótida, apenas por precaução e deve ser liberado em seguida - destacou. - Mas o coração dele está ótimo.
Márcio recebeu ligações de vários ex-companheiros na manhã desta quarta, entre eles o atacante Viola, que também integrou o grupo tetracampeão.
- Ele está bem, apenas meio grogue pelos medicamentos e lamentando muito por não ter ido jogar na Hungria com os colegas do tetra - disse Cândida, citando o time de Masters 94, criado com o objetivo de promover a Copa de 2014 no Brasil.
O grupo inicia em Budapeste uma série de nova partidas amistosas reunindo ex-jogadores como Jorginho, Raí, Ricardo Rocha, Leonardo e Zetti .
- Ele reclamou pelo fato de não poder estar em campo com os amigos - reiterou sua mulher.
O ex-zagueiro teria sentido fortes dores de cabeça durante toda a semana passada e, no último sábado, apresentou dificuldades de fala.
- Foi um susto enorme, pois ele sempre se cuidou e nunca teve sequer dor de cabeça - afirmou Cândida. - Mas agora ele está bem e bricando com todos. Ele só não quer falar com a imprensa enquanto estiver sob efeitos de remédios - explicou.
O AVC diagnosticado em Márcio Santos ocorreu na região do cerebelo, localizado na parte posterior do cérebro e responsável pelos movimentos voluntários, equilíbrio e postura corporal.
- Foi algo pequeno e difícil de acontecer numa pessoa jovem e que mantém atividades físicas rotineiras - informou a mulher. - Os médicos revelaram que pode ser algo hereditário inclusive.
Márcio Santos integrou a seleção de Carlos Alberto Parreira na Copa dos Estados Unidos. Também jogou pelo Internacional, Atlético-MG, São Paulo, Santos, Botafogo, PSV, Ajax e Fiorentina.
Ainda segundo Cândia, o ex-atleta teria ficado comovido com os apelos e manifestações de solidariedade depois de diagnosticado o AVC.

fonte: JB On Line

Cientistas alertam para abuso de remédios psicoativos

Um painel de cientistas alerta nesta quinta-feira o governo britânico para o risco do abuso de medicamentos para melhorar a capacidade do cérebro, à medida que estes se tornem mais comuns no futuro.
Os remédios que aumentam o poder cognitivo, criados para tratar doenças como o Mal de Alzheimer, têm o potencial de melhorar atividades como memória, atenção ou velocidade de pensamento em pessoas saudáveis, afirma o relatório da Academia Médica de Ciências sobre cérebro, vício e drogas.
Segundo o principal autor do relatório, Sir Gabriel Horn, da Universidade de Cambridge, “os avanços recentes e contínuos de nosso conhecimento sobre como o cérebro funciona vão levar a um aumento no número de drogas psicoativas".
"Essas drogas poderão ser usadas como remédios para tratar doenças mentais como depressão, desordem bipolar ou vício em drogas, ou para melhorar a performance do cérebro”.
Os cientistas temem, no entanto, que os medicamentos sejam usados por pessoas saudáveis para melhorar sua capacidade física.
A academia pede ao governo e órgãos reguladores que monitorem de perto o uso desses remédios por pessoas saudáveis, como estudantes fazendo exames ou funcionários que queiram melhorar seu desempenho no trabalho.
“Nós vemos semelhanças no uso futuro dos remédios que aumentam o poder cognitivo com o atual uso de drogas que melhoram a performance física no esporte".
"É provável que o uso desses remédios propicie uma análise sobre os impactos social e econômico, permitindo ao governo considerar regulações ‘localizadas’ sobre o uso nas escolas, universidades e locais de trabalho”, recomenda o relatório.
Os remédios hoje existentes não melhoram muito a capacidade cognitiva de pacientes com Alzheimer e há poucas evidências sobre seu efeito em pessoas saudáveis, “mas a quantidade de remédios disponíveis na Internet já encoraja os curiosos e esperançosos a experimentá-los”, afirma o documento.
fonte: BBC Brasil


ACUPUNTURA E INFERTILIDADE

A acupuntura, técnica chinesa milenar, consiste na colocação de agulhas muito finas em pontos específicos do corpo. Por estes pontos passam fluxos de energia, essenciais para a saúde. Recentemente, a acupuntura tem sido utilizada por mulheres que irão se submeter à fertilização in vitro.

Estudos científicos têm mostrado que a acupuntura interfere na liberação de hormônios, podendo também aumentar o fluxo sangüíneo para os órgãos reprodutivos e auxiliar na normalização da ovulação em mulheres com alguns distúrbios hormonais. Alem disto, ajuda a diminuir a ansiedade, o stress e os sintomas depressivos.

O quanto a acupuntura pode ajudar no tratamento da infertilidade feminina ainda não se sabe com certeza. Mais estudos são necessários para estabelecer a sua importância clínica , mas, ao que parece, esta técnica poderá vir a ter um papel coadjuvante nos tratamentos de reprodução assistida.
fonte: ClicRBS

Uso excessivo de analgésicos é uma das principais causas de dor de cabeça

Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com dor de cabeça, segundo estimativa do Departamento de Cefaléia da Academia Brasileira de Neurologia. A ingestão excessiva de analgésicos é apontada como uma das principais causas desse mal. Na semana em que é lembrado o dia da dor de cabeça, a ABN alerta sobre o perigo da automedicação e sobre a importância de um diagnóstico correto, feito por especialistas.
Dentre a população, as mulheres são as que mais sentem dor de cabeça – 76%, contra 57% dos homens. A cefaléia não poupa nem os mais jovens. Aproximadamente 39% das crianças até 6 anos já sabem o que é ter cefaléia, e aos 15 anos, o número chega a 70%.
A ingestão de analgésicos não pode ultrapassar dois a três dias por semana e deve ser indicada por um especialista. Segundo a médica do Departamento de Cefaléia da ABN Patricia Machado Peixoto, existem dores de cabeça que ficam mais fortes e freqüentes com o passar do tempo, evoluindo para enxaquecas crônicas.
“Uma grande causa é o uso do analgésico, que, em excesso, piora a dor de cabeça. O ideal é tratar o distúrbio com medicamentos que atuam no cérebro, fazendo com que haja uma estabilidade química. Há uma melhora de 60% dos casos, quando o paciente realiza esse tratamento”, explica.
Existem quase 300 tipos de cefaléias catalogados, de acordo com informações da ABN. Porém, a dor de cabeça pode disfarçar a presença de outras doenças, muitas vezes, mais graves. Por isso, a academia alerta para a necessidade de consultar especialistas sobre o assunto.
“Nas cefaléias primárias não existem lesões cerebrais e sim um distúrbio químico em relação aos neurotransmissores – substâncias que circulam no cérebro e o fazem o funcionar. A dor de cabeça é uma doença neurológica e não têm sintomas. As dores secundárias, porém, são patologias em que o paciente pode ter desde um tumor, hemorragia ou traumatismo”, explica a médica do Departamento de Cefaléia da ABN.
Patricia Machado Peixoto explica ainda que para obter um diagnóstico mais preciso sobre as causas da dor de cabeça deve-se recorrer à cefaliatria, subespecialidade da neurologia.
fonte: A Tarde

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pesquisa mostra que meninas podem ter mais facilidade em aprender idiomas

Uma nova pesquisa, publicada na revista especializada Neuropsychologia, afirma que as meninas apresentam habilidade superiores em idiomas devido à maneira como as palavras são processadas.
As garotas que completaram uma tarefa envolvendo habilidades lingüísticas demonstraram maior atividade em áreas cerebrais envolvidas especificamente na decodificação da língua, e que decifram informações de maneira abstrata. Já os meninos mostraram bastante atividade em regiões cerebrais ligadas ás funções visuais e auditivas, dependendo do jeito com que as palavras eram apresentadas durante o exercício.
Apesar de informações lingüísticas irem diretamente para o local onde se processam idiomas no cérebro feminino, os homens usam um maquinário sensorial para fazer boa parte do trabalho ao desemaranhar os dados. Por exemplo, durante uma aula, isso sugere que os meninos precisam aprender a língua tanto no aspecto visual (com um livro-texto) quanto no aspecto oral (uma exposição do professor) para realmente assimilar o assunto, enquanto as meninas podem aprender os conceitos por meio de qualquer um desses métodos.
Através do monitoramento da atividade cerebral de um grupo de crianças - 31 meninas e 31 meninos, de 9 a 15 anos de idade - e o uso de imageamento funcional por ressonância magnética, a equipe conseguiu apontar as diferenças entre os sexos. Enquanto isso, os participantes também realizavam tarefas relacionadas à linguagem. Nos exercícios, duas palavras eram mostradas ou ditas para as crianças; elas tinham que determinar se a dupla de palavras era escrita de maneira similar (omitindo a primeira consoante, como em "pina" e "tina") e se rimava (como em "gato e "pato"). Em alguns dos casos, as palavras, como por exemplo "jazz", não se encaixavam sob nenhum critério.
Segundo o co-autor do estudo, Doug Burman, pesquisador associado no departamento de ciências e transtornos da comunicação da Northwestern University, a equipe constatou maior atividade nas chamadas "áreas de linguagem" nos cérebros das meninas que entre os meninos. As áreas incluíram o giro temporal superior (envolvido na decodificação de palavras ouvidas), o giro frontal inferior (ligado ao processamento de palavras) e o giro fusiforme, que ajuda a soletrar e determinar o significado das palavras. A ativação das últimas duas estruturas, em particular, pareceu estar ligada à maior precisão das garotas no idioma. Burman adianta que a próxima pesquisa será para saber se essa habilidade das meninas diminui com a idade, o que ressalta pesquisa anteriores que sugeriam que o ritmo mais lento dos meninos no aprendizado de idiomas desaparece na idade adulta.
Notícia retirada da fonte:Scientific American Brasil
Por Carla Destro para RedePsi

Vídeogame Wii da Nintendo é usado como terapia para Mal de Parkinson

Não é apenas a vida dos nerds que o vidogame Wii, da Nintendo, está revolucionando. O único game com sensor de movimento do mercado está ajudando no tratamento de pacientes com Mal de Parkinson. O jogo está sendo usado como terapia ocupacional de 30 pacientes do Medical College of Georgia, que sofrem da doença que afeta tarefas cotidianas.

A terapia ocupacional mostra como a doença afeta o paciente na sua vida como um todo, da forma psicológica, cognitiva, sensorial e motora - diz o médico Ben Herz, professor-assistente de terapia ocupacional da School of Allied Health Sciences.

Embora a terapia ocupacional seja freqüentemente usada no tratamento de pacientes de Parkinson, são necessárias provas de sua efetividade a curto ou longo prazo - diz o Dr. Hertz. - Esperamos mostrar um retardamento na progressão da doença e uma diminuição da medicação, com intensificação das funções. Se conseguirmos ensinar os pacientes a se exercitarem e a realizar atividades funcionais, talvez consigamos fazer com que tomem menos remédios. Os participantes do estudo são divididos em um grupo que participa da terapia ocupacional e em outro que não. Cada doente encontra individualmente um terapeuta ocupacional, uma hora por semana, por oito semanas.

Os participantes dos dois grupos passam por testes funcionais e estandartizados e têm uma escala de qualidade de vida avaliada antes e depois do início da terapia, e mais uma vez quatro meses depois. O grupo controlado tem a opção de passar pela terapia depois da segunda avaliação.


fonte: Dataworks

Stenting as Effective as Endarterectomy in the Treatment of Symptomatic Carotid Stenosis

May 21, 2008 (Nice, France) — Long-term results from 2 large European trials suggest that carotid artery stenting (CAS) is as effective as carotid endarterectomy (CEA) in preventing recurrent ischemic stroke in patients with severe, symptomatic carotid stenosis.
Presented here at the 17th European Stroke Conference (ESC), results from both the Endarterectomy Versus Angioplasty in Patients with Symptomatic Severe Carotid Stenosis (EVA-S3) and the Stent-Protected Percutaneous Angioplasty of the Carotid Artery vs Endarterectomy (SPACE) studies reported strikingly similar results in terms of the long-term efficacy of the 2 procedures, despite the fact that in both studies, stenting had failed to meet noninferiority criteria vs endarterectomy in their primary analyses.
"The conclusion from the SPACE trial is exactly the same as the EVA-S3 study. That is, if a patient has been treated successfully without any complications, the [long-term] risk of a secondary stroke is very small and very comparable between these 2 modalities," Peter A. Ringleb, MD, from Ruprecht-Karls-University, in Heidelberg, Germany, principal investigator of the SPACE study, told reporters attending an ESC press conference.
SPACE Results
Launched in 2001, the SPACE study is a randomized noninferiority trial that included 1214 patients from 37 centers in Germany, Switzerland, and Austria.
The goal of the study was to determine whether safety and efficacy of treatment for symptomatic carotid stenosis with CAS was equivalent to the standard approach of CEA.
The 30-day outcome results, which were published in 2006, failed to demonstrate noninferiority of the stenting procedure vs endarterectomy.
Here at the ESC, where the 2-year follow-up results were presented for the first time, the investigators found the rate of any periprocedural stroke or death, plus ipsilateral ischemic stroke within 2 years, was very similar, at 8.49% in the CEA group and 9.22% in the CAS group.
Furthermore, the investigators reported the absolute number of recurrent ischemic events after the periprocedural period at 2-year follow-up was low — 10 events after CEA (1.7%) and 12 after CAS (2.0%).
Need for Improvement
The EVA-S3 trial was also a randomized noninferiority study that was conducted at 30 centers in France and included 527 subjects. Launched in 2000, the study was stopped by the safety committee in 2005 due to a higher 30-day risk of stroke or death associated with stenting.
In 2006, within a week of the SPACE investigators publishing their findings, the EVA-3S researchers reported that the 30-day risk of any stroke was significantly greater for stenting — 9.6% for CAS vs 3.9% CEA. For disabling stroke, the rate at 30 days was 3.4% for stenting compared with 1.5% for endarterectomy.
However, the investigators continued to follow study subjects and found the rates of ipsilateral stroke from 31 days to 4 years were very low in both groups — 11.1% for CAS and 6.2% for CEA — a difference that was not statistically significant, said the study's principal investigator, Jean-Louis Mas, MD, from the Hôpital Sainte-Anne, in Paris, France.
"Carotid stenting is as effective as carotid endarterectomy in preventing further ischemic stroke, but we need to improve the safety of the technique before it can become a widespread alternative to carotid endarterectomy in patients with symptomatic carotid stenosis," said Dr. Mas.
17th European Stroke Conference: Abstracts 4 and 5. Presented May 14, 2008.
Drs. Mas and Ringleb report no conflicts of interest. The EVA-S3 study was supported by the French Department of Health. The SPACE study was supported by the Germany's Federal Ministry of Education and Research, German Research Foundation, German Neurological Society, German Neuroradiological Society, Deutsche Röntgengesellescahft, Guidant, Boston Scientific, and Sanofi-Aventis.

Exercício físico reduz insônia crônica


O exercício aeróbio intenso pode reduzir a ansiedade de pessoas que sofrem de insônia crônica primária e aumentar em aproximadamente uma hora o tempo do sono. Pessoas que sofrem com a dificuldade de dormir (um distúrbio que se caracteriza pelo despertar precoce ou sono não restaurador) podem se beneficiar com a prática esportiva de intensidade moderada horas antes de dormir. A conclusão é resultado de pesquisa apresentada pela doutoranda em psicobiologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gisele Passos, em sua dissertação de mestrado, defendida na mesma instituição. O estudo avaliou os efeitos de três modalidades de atividade aeróbica (caminhada moderada em esteira, caminhada intensa em esteira e musculação), realizados de forma aguda e em diferentes intensidades. Participaram da pesquisa 36 voluntários, de ambos os sexos, com histórico de insônia crônica primária durante nove anos, em média.


Os resultados do estudo demonstram que, além de aumentar em 37% o tempo de sono desses indivíduos houve também uma redução de 54% da latência do sono e em 7% dos casos diminuiu o estado de ansiedade. Outra investigação realizada por pesquisadores da Unifesp, em 2003, já havia apontado que metade da população da cidade de São Paulo apresenta queixas de insônia crônica e que 20% das pessoas afirmam ingerir medicamentos para dormir, sendo os benzodiazepínicos os mais consumidos. Estima-se que a insônia crônica afete de 10% a 15% da população e deste universo, entre 2% e 22% tenham a chamada insônia crônica primária. As mulheres são as mais afetadas. Fatores como envelhecimento, ocorrência de doenças clínicas, de transtornos mentais e os trabalhos por turno também agravam o problema. A insônia crônica traz prejuízos para o comportamento diurno, causando fadiga, mau-humor, irritabilidade, falta de atenção, de concentração, prejuízos à memória.

Uma segunda fase da pesquisa vai avaliar se a prática constante de exercícios físicos pode ajudar no tratamento de insônia crônica. O estudo, que terá duração de aproximadamente seis meses, será realizado no Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE), da Unifesp, e no Instituto do Sono, ambos na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. Interessados em participar como voluntários da pesquisa precisam apresentar histórico de insônia e ter entre 30 e 55 anos. Mais informações: (11) 5572-0177, ou insônia.exercicio@gmail.com

fonte: Viver Mente & Cérebro