segunda-feira, 27 de outubro de 2008

72% das católicas apóiam aborto de anencéfalo, aponta pesquisa

Uma pesquisa feita em todo o Brasil no mês passado pelo Ibope mostra que 72% das mulheres católicas entrevistadas são a favor de que grávidas de feto anencéfalo - sem cérebro e sem chance de sobrevivência fora do útero - tenham o direito de optar entre interromper a gestação ou mantê-la. O índice vai a 77% na faixa dos 25 aos 29 anos.

O porcentual é um pouco maior do que os 70% registrados há quatro anos, quando o levantamento foi realizado pela primeira vez. Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) promoveu uma série de audiências públicas com a participação de médicos, especialistas e religiosos para discutir sobre o direito de a mulher decidir pelo aborto ou não em caso de anencéfalo.

O levantamento do Ibope foi feito a pedido das organizações não-governamentais Católicas pelo Direito de Decidir e Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 24 Estados, mais o Distrito Federal, entre 11 e 15 de setembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas países muçulmanos e parte da América Latina proíbem a prática.

Em 2004, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde entrou com ação no STF pedindo que a antecipação do parto para esses fetos fosse permitida. O ministro Marco Aurélio Mello chegou a conceder liminar permitindo a prática, mas ela foi suspensa pelos outros ministros. A expectativa agora é de que o STF julgue o mérito ainda neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

fonte: UOL Notícias

sábado, 18 de outubro de 2008

Baixo nível de vitamina D pode ser causa ou efeito do mal de Parkinson

NOVA YORK - Um estudo conduzido por pesquisadores americanos da Universidade de Emory sugere ligação entre o mal de Parkinson e a deficiência de vitamina D.
Do total de pacientes examinados – 100 com Parkinson, 100 com Alzheimer e 100 idosos saudáveis – 55% apresentaram níveis insuficientes da vitamina. A carência, no entanto, ainda não está claramente relacionada, para os médicos. Os pesquisadores desconhecem se a deficiência é causa da doença ou conseqüência trazida pela doença.
– Descobrimos que vitamina D insuficiente tem associação única com o Parkinson, o que nos intriga ainda mais e requer investigação avançada – confirmou Marian Evatt, coordenadora do estudo publicado na revista especializada Archives of Neurology.
As buscas mais detalhadas serão fundamentais para determinar qual estágio dos níveis de deficiência da vitamina ocorre no cérebro das pessoas com Parkinson, e se suplementos alimentares ou maior exposição à luz do sol ajudariam a aliviar os sintomas da doença.
– Isto auxiliaria a descobrir se a falta da vitamina D é causa ou efeito – explica Kieran Breen, diretor de pesquisa da Sociedade do mal de Parkinson.
Sintomas
O mal de Parkinson afeta as células nervosas em diversas partes do cérebro, particularmente aquelas que usam a dopamina para a transmissão de impulsos nervosos. Dentre os sintomas mais comuns estão tremor constante, inflexibilidade e lentidão dos movimentos, que podem ser tratados com a reposição de dopamina.
Segundo estudos anteriores, a maior parte do cérebro afetada pelo Parkinson tem alto nível de receptores de vitamina D, o que sugere sua importância para o funcionamento destas células.
Encontrada em alimentos como salmão e atum, a vitamina D é obtida, principalmente, através da exposição da pele à luz do sol. Além de desempenhar papel essencial na formação óssea, é importante para produção de peptídeos que combatem micróbios na pele, regulação da pressão sangüínea e dos níveis de insulina, e manutenção do sistema nervoso.
O baixo nível de vitamina D no organismo aumenta o risco de doenças cancerosas, assim como esclerose múltipla e diabetes.
fonte: JB On Line

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Música pode reduzir estresse e ansiedade na gravidez, diz estudo

Ouvir música pode ser uma boa forma de reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão que muitas mulheres experimentam durante a gravidez. Um estudo com 236 gestantes em Taiwan mostrou que aquelas que ouviram música 30 minutos por dia durante duas semanas reduziram significativamente os sintomas de depressão, estresse e ansiedade, comparadas com as outras. À metade das participantes, todas no segundo ou terceiro semestre de gestação, foram dados CDs, e elas teriam que escolher entre música clássica, sons da natureza, canções infantis chinesas e canções de ninar para ouvir durante meia hora todos os dias. E, segundo os autores, esse grupo apresentou ótimos resultados, mostrando que a prática pode ser uma forma simples, barata, eficaz e não-invasiva de melhorar a saúde psicológica da mulher nesse período.

Busca na Internet estimula mais o cérebro do que livros

Mais uma pesquisa para alimentar a polêmica se a Web é como a TV e "deixa burro, muito burro demais", como diz a música, ou se ela exercita a inteligência.Pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia de Los Angeles) concluíram que fazer buscas na Internet pode estimular e ajudar a melhorar o funcionamento do cérebro mais do que ler um livro.Eles notaram que buscar na web desperta centros no cérebro que controlam a tomada de decisões e o raciocínio complexo em adultos de meia-idade e idosos.No entanto, o estudo conclui que essa maior atividade dos neurônios só acontece em pessoas que já estão familiarizadas com a experiência de Internet.A pesquisa foi feita com a ajuda de 24 voluntários com idades entre 55 e 76 anos, sendo que metade tinha hábito de acessar a web. Eles leram livros e fizeram buscas a Internet sob monitoramento de máquinas de ressonância magnética.
Na imagem do exame dá para ver a diferença entre o cérebro de quem já está acostumado a buscar na Internet e de quem é iniciante na atividade (verifique a imagem no artigo original).
Cada pontinho vermelho é um voxel, que representa entre 2 a 4 milímetros cúbico de cérebro que é ativado pela atividade que está sendo analisada: no cérebro de usuários experientes, foram encontrados 21.782 voxel (direita) em comparação com os 8.646 voxels das mentes dos inexperientes (esquerda).O estudo pode ser consultado no American Journal of Geriatric Psychiatry.Via The Register