quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pressão alta é relacionada a problemas de memória na meia-idade

A hipertensão pode levar a infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal terminal. E, de acordo com pesquisa publicada na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, também está ligada à maior propensão de desenvolver déficit cognitivo (de conhecimento) e problemas de memória e de habilidade de pensamento em quem está na meia-idade.

O estudo envolveu cerca de 20 mil pessoas a partir de 45 anos que nunca haviam tido um AVC ou mini-AVC. Desse total, 49,6% tomavam medicamentos para pressão alta e 7,6% apresentaram prejuízo cognitivo.

Os resultados apontam que a pressão diastólica elevada (menor número da leitura da pressão) leva ao enfraquecimento de pequenas artérias do cérebro, o que pode resultar no desenvolvimento de áreas de lesão cerebral. Para cada aumento de 10 pontos na leitura, as chances de ter problemas cognitivos se mostraram 7% mais altas.

"É possível que, com a prevenção ou o tratamento de pressão alta, nós poderíamos evitar o prejuízo cognitivo, que pode ser um precursor para a demência", disse o autor do estudo, Georgios Tsivgoulis, da Universidade do Alabama em Birmingham e membro da Academia Americana de Neurologia, ao site Science Daily.

Os cientistas avisam que mais pesquisas são necessárias para confirmar a relação entre hipertensão e os problemas cognitivos.

Hipertensão

Os adultos são os mais atingidos pela hipertensão - cerca de 30%, como informa a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Mais de 50% das pessoas na faixa da terceira idade têm pressão alta. No Brasil, a doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

As dicas de prevenção e controle da patologia são manter uma alimentação equilibrada, evitar a obesidade e o sedentarismo, medir a pressão pelo menos uma vez por ano, reduzir o consumo de álcool (se possível, abandoná-lo), deixar de lado o tabagismo e não se estressar. Vale lembrar que os hipertensos não podem parar o tratamento, que é para a vida toda.

fonte: Terra

Uma infecção pode duplicar a perda de memória na doença de Alzheimer

Apanhar uma constipação, sofrer um problema no estômago ou qualquer outro processo de infecção pode aumentar a perda de memória nas pessoas que sofrem de doença de Alzheimer. Até as nódoas negras causadas por uma queda podem ser prejudiciais, diz um grupo de investigadores do Reino Unido

Os investigadores acompanharam 222 pessoas com doença de Alzheimer (DA) e uma média de 83 anos de vida durante seis meses. No início do estudo e noutras três ocasiões ao longo do semestre, foram realizadas análises sanguíneas que registaram a presença de uma proteína envolvida nos processos inflamatórios e foram também testadas as capacidades cognitivas deste grupo de indivíduos. Um total de 110 pessoas teve uma infecção ou sofreu um ferimento durante a realização do estudo. Os doentes feridos tiveram o dobro da perda de memória.

No estudo percebeu-se que os doentes vítimas de problemas respiratórios, gastrointestinais e outras infecções ou que simplesmente tinham nódoas negras ou outros ferimentos causados por quedas tinham níveis mais elevados do factor de necrose tumoral alfa e eram mais susceptíveis à perda de memórias e outros danos cognitivos do que os doentes com baixos níveis da proteína e sem registo de infecções.

As pessoas que tinham grandes quantidades de proteína no sangue no início do estudo, uma situação clínica que poderia ser causada por um processo inflamatório crónico, tiveram uma perda de memória quatro vezes superior aos doentes que, na mesma altura, registaram valores baixos do factor de necrose tumoral alfa. E nos casos em que se somou uma nova infecção aos elevados valores já registados a perda de memória foi dez vezes superior, quando comparado com o grupo livre de infecções durante os seis meses do estudo.

"Podemos especular que as pessoas que sofrem um declínio mais rápido das suas capacidades cognitivas são mais susceptíveis a infecções e ferimentos, mas não encontrámos nenhuma prova que sugira que as pessoas com uma demência mais grave sofrem mais infecções e ferimentos no início do estudo", afirmou Clive Holmes, MRCPsych, investigador da University of Southampton no reino Unido e autor do artigo publicado hoje na revista da American Academy of Neurology. "É necessário investigar mais e melhor o papel do factor de necrose tumoral alfa no cérebro, mas é possível que a redução deste níveis [com inibidores] seja benéfica para as pessoas com doença de Alzheimer", acrescentou.

Lançada campanha sobre esclerose múltipla

  • Segundo especialistas, dificuldade no diagnóstico é um dos principais problemas. A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas entre 15 e 45 anos

Diferente do que muitos pensam, a esclerose múltipla não é predominantemente uma doença da terceira idade. Ao contrário, ela acomete principalmente jovens entre 15 e 45 anos de idade. Essa é uma das mensagens deflagradas pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) para a Campanha Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, que começou no dia 30 de agosto.

Segundo Antônio Pereira Gomes Neto, coordenador nacional da campanha e vice-coordenador do Departamento de NeuroImunologia da ABN, a associação da doença com a velhice é comum porque muitos ligam o processo degenerativo com senilidade. Mas, o médico explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune que ataca principalmente o sistema nervoso central: cérebro e medula. O organismo produz anticorpos e eles atacam o corpo. Ocorre uma reação inflamatória e desmielinizante, ou seja, a bainha de mielina - camada lipoproteica que envolve a fibra nervosa (axônio) - é degradada pelos anticorpos. Normalmente, essa bainha age tornando a transmissão do impulso nervoso mais rápida. Com a degeneração dessa estrutura, há interrupção da transmissão do impulso nervoso e a doença vai gerando lesões tanto na mielina quanto no próprio axônio.

A esclerose múltipla é uma doença que progride. “No início há muita inflamação, porém a degeneração também ocorre. Com o avançar da doença, a inflamação torna-se menor, mas a degeneração permanece”, disse Antônio. Embora sua causa não tenha sido esclarecida, os pesquisadores acreditam que ela possui um componente genético e ambiental. Há ainda uma suspeita de que possa ser causada por vírus. “Estudos demonstram que o tabaco pode ter ligação na gênese e na evolução da doença”.

De acordo com Antônio, a doença atinge mais mulheres do que homens em uma proporção de três para um. “Relatos da doença em negros são pouco frequentes. Em índios, não há relatos”, ratificou. Observando a distribuição da doença no mundo, nota-se que na África e na América Latina a incidência é baixa. Já países do hemisfério norte possuem um maior número de casos. Segundo o médico, estudos revelam que no Brasil o Nordeste possui menor incidência da doença do que a Sul e a Sudeste. (da Agência Notisa)


Atenção aos sinais da doença

Um dos grandes problemas quando se fala em esclerose múltipla é o diagnóstico. Isto porque clinicamente o paciente pode apresentar qualquer sintoma neurológico, o que causa confusão com diferentes enfermidades. Porém, Antônio Pereira Gomes Neto, vice-coordenador do Departamento de NeuroImunologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), destaca alguns quadros que são mais comuns: dormência, fraqueza nos membros, diminuição da visão, diplopia, desequilíbrio e vertigem.

Já sinais como demência, convulsões, ataxia, cefaléia, movimentos involuntários, dificuldade de deglutição também podem ocorrer, entretanto, Antônio ressalta que são muito menos frequentes. “Demência, por exemplo, é mais observada em casos de esclerose múltipla mais graves e mais evoluídos. Já convulsões são bem raras”, destaca.

O médico disse que o sinal de Lhermitte frequentemente está presente em pacientes com a doença. “É aquela sensação de choque na coluna quando gira a cabeça. Ás vezes pode ser dolorido”, explicou. Além disso, a esclerose múltipla pode levar a distúrbios esfincterianos e urinários, o que causa limitação funcional. Distúrbios sexuais e neuropsíquicos também podem ocorrer. “O paciente pode apresentar quadros de depressão, euforia e distúrbio do afeto. É comum ter um descontrole emocional alternando episódios de riso com choro em momentos inadequados”, afirmou.

Podem ocorrer ainda distúrbios cognitivos que refletem em dificuldade de atenção e concentração. “Frequentemente a função executiva é afetada. Já quadros como demência, afasia e alexia são bem raros”, ressaltou.

Outra característica é que pacientes costumam ser extremamente sensíveis à temperatura. “Boa parte não tolera altas temperaturas, sendo comum que o gatilho da doença se dê nessas épocas”, disse. A fadiga também é um sinal presente em 75% a 95% dos pacientes.


SAIBA MAIS

FORMAS EVOLUTIVAS DA DOENÇA

> As formas evolutivas da doença são remitente - recorrente; secundária - progressiva; secundária - progressiva com surtos e primariamente progressiva. A forma mais comum é remitente - recorrente que se caracteriza por surtos alternados por períodos de estabilização.

> Em dez anos, aproximadamente, metade dos pacientes desenvolve a
forma secundária - progressiva, onde há uma piora lenta e contínua da disfunção neurológica, sem intervalos de estab ilização. Cada paciente é atingido de forma diferente pela doença.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
> Atualmente, o diagnóstico da esclerose múltipla é feito através de exames de ressonância magnética, exames de liquor e testes de potenciais evocados. O diagnóstico também é realizado, porém, muitas vezes, o quadro é similar ao de outras doenças, como doenças reumatológicas.

> A ressonância magnética é um dos principais exames, pois ajuda a identificar pacientes que ainda apresentam poucos sintomas. “O diagnóstico precoce é muito importante, pois a doença quando não tratada leva a atrofia cerebral”, disse o médico Antônio Pereira Gomes Neto.

> A esclerose múltipla, assim como demais doenças autoimunes, até o momento não tem cura. Entretanto, Antônio destacou que há tratamento e este traz benefícios já comprovados cientificamente.

> Desta forma, o tratamento como lembrou Suely Berner, diretora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), melhora a qualidade de vida dos pacientes. Segundo Antônio, o tratamento é feito de duas formas: tratando surtos e tratando a doença.

> O custo da terapia, entretanto, é bem alto. Porém, segundo o médico, desde o final da década passada o Ministério da Saúde estabeleceu no Brasil protocolos com critérios diagnósticos e criou centros de referência. Dessa forma, uma vez que o paciente apresente um laudo seguindo os critérios que comprove a esclerose múltipla, ele pode receber tratamento gratuito.

> Há algumas novidades sobre o tratamento. O transplante autólogo de células tronco está sendo estudado, inclusive no Brasil. Entretanto, segundo Antônio não existem por enquanto indícios de que possa ser eficaz.

> A reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico também são estratégias no tratamento da doença. Segundo a neurologista Maria Cristina Brandão Giacomo, da Abem, ioga, acupuntura e cuidados gerais com o bem-estar também trazem benefícios.

fonte: O Povo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Praticar exercícios ajuda na recuperação de derrame cerebral

Praticantes de exercícios físicos se recuperam mais rapidamente de um acidente vascular cerebral (AVC) do que os sedentários. Essa é a conclusão de um estudo apresentado pelos pesquisadores do campus de Jacksonville da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. O experimento publicado no Jornal de Neurologia, Neurocirurgia & Psiquiatria, revela que pacientes que se exercitavam com frequência antes de sofrerem um AVC, tiveram sequelas menos graves. O neurologista James Meschia, um dos pesquisadores, afirma que a atividade física pode ser muito benéfica para as pessoas que têm maior risco de sofrer um AVC. “Muitos estudos têm mostrado isso; a novidade é que se uma pessoa com o hábito de se movimentar, sofrer esse acidente cerebral, as consequências podem ser mais leves”, afirma. Esse experimento, projetado para examinar fatores de risco hereditários, é um dos primeiros a testar a hipótese de que os benefícios do exercício se estendem além da prevenção do problema.

Em todo o mundo, o AVC é uma causa comum de incapacidade e morte, entre pessoas com mais de 65 anos. No Brasil são registradas mais de 100 mil mortes por ano. Já nos Estados Unidos, o problema é responsável por mais de 780 mil, sendo a terceira maior causa de óbitos.

fonte: Rede Psi

Tratamento online pode ajudar insones

  • Você consegue fazer quase qualquer coisa na internet hoje em dia. Até mesmo conseguir uma boa noite de sono?

Pode ser possível, dizem alguns pesquisadores. Programas na web para tratar a insônia estão se proliferando e dois pequenos, porém rigorosos, estudos sugerem que aplicativos online baseados em terapias comportamentais cognitivas podem ser eficientes.

"Há quinze anos, as pessoas teriam pensado que conseguir terapia de maneira remota era uma loucura", disse Bruce Wampold, professor de psicoterapia da Universidade de Wisconsin. "Mas conforme fazemos cada vez mais coisas eletronicamente, inclusive manter relações sociais, mais terapeutas passaram a acreditar que esta pode ser uma maneira eficiente de tratar algumas pessoas".

O primeiro estudo controlado de um programa online para insônia foi publicado em 2004. Mas os resultados eram difíceis de interpretar, porque mostravam benefícios similares para pessoas que usaram o programa e as no grupo de controle. Os dois novos estudos, realizados por pesquisadores no Estado de Virgínia e no Canadá, avançam nas evidências de que tais programas podem funcionar.

No estudo da Virgínia, intitulado SHUTi, os pacientes registram diários sobre seu sono ao longo de muitas semanas e o programa calcula uma janela de tempo durante o qual eles podem dormir. Os pacientes limitam o tempo que passam na cama geralmente ao tempo que realmente dormem.

O objetivo é consolidar o sono, e então gradualmente ampliar sua duração -- a mesma técnica que seria usada em caras terapias presenciais, disse Lee Ritterband, psicólogo da Universidade de Virgínia, que desenvolveu o programa.

Stella Parolisi, 65, enfermeira de Virgínia e paciente do estudo, disse que aderir ao rígido horário para o sono foi difícil, "mas no final, começou a valer a pena".

"Antes, se eu estivesse exausta, eu tentava ir cada vez mais cedo para a cama, o que era errado", ela disse. "Apenas me dava mais tempo para virar de um lado para o outro". Mas depois de usar o programa, ela começou a dormir durante pelo menos um período completo de quatro horas por noite.

O programa SHUTi, que dura noves semanas, aconselha os pacientes a sair da cama caso despertem e não consigam voltar a dormir em até 15 minutos. Também usa leituras, vinhetas, animações e exercícios interativos para ajudar os pacientes a lidarem com fatores que interferem no sono.

Por exemplo, o programa ajuda os pacientes a administrar pensamentos ansiosos, como a ideia de que não conseguirão funcionar sem oito horas sólidas de sono. Além disso, reforça a mensagem de que eles não trabalhem ou assistam TV na cama, limitem as luzes no quarto e evitem estimulantes como cafeína tarde no dia.

Em um pequeno e aleatório estudo controlado, que incluiu 45 adultos, aqueles que foram indicados para experimentar o programa online reportaram significativa melhora na eficiência do sono e diminuição do estado desperto durante a noite em relação aqueles que permaneceram na lista de espera.

Especificamente, a eficiência do sono dos participantes, uma medição da proporção de tempo gasto adormecido em relação ao tempo total na cama, melhorou 16% e o estado desperto durante a noite (minutos que o participante passa acordado durante a noite) caiu 55%. Os valores não mudaram significativamente no grupo de controle. Os resultados foram divulgados na edição do mês passado da revista The Archives of General Psychiatry.

"Os resultados foram muito impressionantes, quase incríveis", disse Jack Edinger, psicólogo do Centro Médico da Universidade de Duke.

O estudo canadense analisou um programa de cinco semanas que também enfatiza a restrição do sono, o controle de pensamentos negativos e evitar estímulos como luz e barulho no quarto. O programa também inclui leituras e clipes auditivos e vídeos para ensinar e reforçar suas mensagens.

Conduzido por Norah Vincent, psicóloga da Universidade de Manitoba, o estudo incluiu 118 adultos que foram aleatoriamente destinados ao programa ou à lista de espera.

"Eu gostei do fato de tudo ser feito pela intern", disse uma participante, Kelly Lawrence, 51, de Winnipeg, "porque quando você não consegue dormir não quer ter que levantar e ir fazer uma consulta com os médicos. Você não quer pegar a estrada".

O formato online facilitou arranjar ajuda com as crianças e outras responsabilidades e "pausar o programa e voltar a ele quando fosse necessário", ela concluiu.

Cerca de 35% daqueles que concluíram o programa descreveram sua insônia como "muito melhor", em comparação a apenas 4% daqueles que permaneceram na lista de espera .Os resultados foram publicados em junho no jornal Sleep.

Dr. Ritterband diz que planeja disponibilizar o programa online ao público, mas não antes de realizar estudos adicionais. Dr. Vincent também disse que irá comercializar seu programa, cobrando entre US$ 20 e US$ 30 dos participantes.

A terapia presencial pode não estar prontamente disponível a muitos dos insones, seja porque eles não têm acesso a um terapeuta treinado ou porque seus horários dificultam o agendamento.

"A comunidade dos estudos do sono reconhece que se todo o mundo que tem insônia aparecesse para tratamento hoje nós não teríamos como lidar com esta demanda", disse Lawrence Epstein, instrutor da Escola de Medicina de Harvard e diretor do Centro do Sono de Boston.

Ainda assim, Dr. Wampold, de Wisconsin, disse que algumas pessoas irão desconfiar da terapia online. Além disso, os terapeutas que tendem a ver a relação interpessoal entre médico e paciente como uma fonte fundamental de motivação e mudança provavelmente ficarão céticos em relação ao novo tratamento, ele disse.

Para muitos insones, segundo ele, "a perturbação de sono é apenas mais uma indicação de mais ou outros problemas que precisam de tratamento".

"E você não pode descobrir quais são eles", ele acrescentou, "sem um contato clínico e flexibilidade".

Leia mais sobre insônia

Fonte: Último Segundo

Acupuntura alivia a dor alterando mecanismos bioquímicos no cérebro

Como a acupuntura funciona?

A acupuntura tem sido usada pela medicina oriental por milhares de anos, sobretudo no tratamento da dor. Os efeitos benéficos levaram até a Força Aérea dos Estados Unidos a adotarem a acupuntura no tratamento de seus soldados nos campos de batalha.

Mas como a acupuntura funciona em nível celular, ou seja, qual é o mecanismo que faz com que a acupuntura de fato alivie a dor, é uma pergunta para a qual os cientistas ainda não têm uma resposta.

Capacidade do cérebro de regular a dor

Agora, usando imagens captadas do cérebro, pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA), conseguiram as primeiras evidências de que a acupuntura tradicional chinesa afeta a capacidade de longo prazo do cérebro para regular a dor.

Os resultados serão publicados no exemplar de Setembro da revista médica Journal of NeuroImage.

Mu-opioides

No estudo, os pesquisadores demonstraram que a acupuntura aumentou a disponibilidade de ligação dos receptores mu-opioides (MOR) em regiões do cérebro que processam e amortecem os sinais de dor - especificamente no cingulato, ínsula, caudato, tálamo e amígdala.

Acredita-se que os opioides que agem contra a dor, como a morfina, codeína e outros medicamentos, funcionam ao se ligar a esses receptores opioides no cérebro e na medula espinhal.

"A maior disponibilidade de ligação desses receptores está associada com uma redução na dor," explica Richard E. Harris, que é anestesiologista e coordenador da pesquisa.

Uma implicação desta pesquisa é que os pacientes com dores crônicas tratados com acupuntura poderão passar a reagir mais positivamente aos medicamentos opioides, uma vez que os receptores parecem ter maior disponibilidade de ligação," diz Harris.

Mesmos resultados, explicações diferentes

Esta descoberta também dá um novo estímulo ao campo da pesquisa em acupuntura, seguindo uma grande controvérsia recente sobre estudos que argumentam que a acupuntura simulada seria tão efetiva quanto a acupuntura real na redução das dores crônicas.

"É interessante que tanto os grupos que receberam acupuntura real quanto acupuntura simulada tenham apresentado reduções similares da dor. Mas os mecanismos que levaram à redução da dor em cada um dos casos são radicalmente diferentes," diz Harris.

fonte: Diário da Saúde

Vacina contra Gripe Suína pode causar Síndrome de Guillain-Barré

September 1, 2009 — Neurologists should be vigilant in tracking any new cases of Guillain-Barré syndrome after patients have received the H1N1 flu vaccine, say officials. The American Academy of Neurology (AAN) is teaming up with the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) to make sure doctors remain alert.

Guillain-Barré has been linked to several vaccines, including the preparation for the 1976 swine flu. In a statement issued by the AAN, experts said that although they do not expect the 2009 H1N1 vaccine to increase the risk for the autoimmune disease, this is a concern with any pandemic vaccine. "The active participation of neurologists is going to be critical for monitoring for any possible increase in Guillain-Barré following 2009 H1N1 influenza vaccination," AAN spokesperson Orly Avitzur, MD, said in a news release.

The H1N1 vaccine is currently in production. High-risk groups will be encouraged to receive the vaccine this fall. Infants, children, young adults, pregnant women, adults 25 years and older with underlying health conditions, and healthcare workers are considered good candidates for the vaccine.

Doctors are being asked to report adverse events using the standard CDC and US Food and Drug AdministrationVaccine Adverse Event Reporting System.

Guillain-Barré affects 1 to 4 people per 100,000 annually around the world. It causes respiratory failure requiring ventilation in an estimated 25% of people, and between 4% and 15% die.

The AAN guidelines on the treatment of Guillain-Barré are available online.

fonte: Medscape Medical News