quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pressão alta é relacionada a problemas de memória na meia-idade

A hipertensão pode levar a infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal terminal. E, de acordo com pesquisa publicada na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, também está ligada à maior propensão de desenvolver déficit cognitivo (de conhecimento) e problemas de memória e de habilidade de pensamento em quem está na meia-idade.

O estudo envolveu cerca de 20 mil pessoas a partir de 45 anos que nunca haviam tido um AVC ou mini-AVC. Desse total, 49,6% tomavam medicamentos para pressão alta e 7,6% apresentaram prejuízo cognitivo.

Os resultados apontam que a pressão diastólica elevada (menor número da leitura da pressão) leva ao enfraquecimento de pequenas artérias do cérebro, o que pode resultar no desenvolvimento de áreas de lesão cerebral. Para cada aumento de 10 pontos na leitura, as chances de ter problemas cognitivos se mostraram 7% mais altas.

"É possível que, com a prevenção ou o tratamento de pressão alta, nós poderíamos evitar o prejuízo cognitivo, que pode ser um precursor para a demência", disse o autor do estudo, Georgios Tsivgoulis, da Universidade do Alabama em Birmingham e membro da Academia Americana de Neurologia, ao site Science Daily.

Os cientistas avisam que mais pesquisas são necessárias para confirmar a relação entre hipertensão e os problemas cognitivos.

Hipertensão

Os adultos são os mais atingidos pela hipertensão - cerca de 30%, como informa a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Mais de 50% das pessoas na faixa da terceira idade têm pressão alta. No Brasil, a doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

As dicas de prevenção e controle da patologia são manter uma alimentação equilibrada, evitar a obesidade e o sedentarismo, medir a pressão pelo menos uma vez por ano, reduzir o consumo de álcool (se possível, abandoná-lo), deixar de lado o tabagismo e não se estressar. Vale lembrar que os hipertensos não podem parar o tratamento, que é para a vida toda.

fonte: Terra

Uma infecção pode duplicar a perda de memória na doença de Alzheimer

Apanhar uma constipação, sofrer um problema no estômago ou qualquer outro processo de infecção pode aumentar a perda de memória nas pessoas que sofrem de doença de Alzheimer. Até as nódoas negras causadas por uma queda podem ser prejudiciais, diz um grupo de investigadores do Reino Unido

Os investigadores acompanharam 222 pessoas com doença de Alzheimer (DA) e uma média de 83 anos de vida durante seis meses. No início do estudo e noutras três ocasiões ao longo do semestre, foram realizadas análises sanguíneas que registaram a presença de uma proteína envolvida nos processos inflamatórios e foram também testadas as capacidades cognitivas deste grupo de indivíduos. Um total de 110 pessoas teve uma infecção ou sofreu um ferimento durante a realização do estudo. Os doentes feridos tiveram o dobro da perda de memória.

No estudo percebeu-se que os doentes vítimas de problemas respiratórios, gastrointestinais e outras infecções ou que simplesmente tinham nódoas negras ou outros ferimentos causados por quedas tinham níveis mais elevados do factor de necrose tumoral alfa e eram mais susceptíveis à perda de memórias e outros danos cognitivos do que os doentes com baixos níveis da proteína e sem registo de infecções.

As pessoas que tinham grandes quantidades de proteína no sangue no início do estudo, uma situação clínica que poderia ser causada por um processo inflamatório crónico, tiveram uma perda de memória quatro vezes superior aos doentes que, na mesma altura, registaram valores baixos do factor de necrose tumoral alfa. E nos casos em que se somou uma nova infecção aos elevados valores já registados a perda de memória foi dez vezes superior, quando comparado com o grupo livre de infecções durante os seis meses do estudo.

"Podemos especular que as pessoas que sofrem um declínio mais rápido das suas capacidades cognitivas são mais susceptíveis a infecções e ferimentos, mas não encontrámos nenhuma prova que sugira que as pessoas com uma demência mais grave sofrem mais infecções e ferimentos no início do estudo", afirmou Clive Holmes, MRCPsych, investigador da University of Southampton no reino Unido e autor do artigo publicado hoje na revista da American Academy of Neurology. "É necessário investigar mais e melhor o papel do factor de necrose tumoral alfa no cérebro, mas é possível que a redução deste níveis [com inibidores] seja benéfica para as pessoas com doença de Alzheimer", acrescentou.

Lançada campanha sobre esclerose múltipla

  • Segundo especialistas, dificuldade no diagnóstico é um dos principais problemas. A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas entre 15 e 45 anos

Diferente do que muitos pensam, a esclerose múltipla não é predominantemente uma doença da terceira idade. Ao contrário, ela acomete principalmente jovens entre 15 e 45 anos de idade. Essa é uma das mensagens deflagradas pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) para a Campanha Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, que começou no dia 30 de agosto.

Segundo Antônio Pereira Gomes Neto, coordenador nacional da campanha e vice-coordenador do Departamento de NeuroImunologia da ABN, a associação da doença com a velhice é comum porque muitos ligam o processo degenerativo com senilidade. Mas, o médico explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune que ataca principalmente o sistema nervoso central: cérebro e medula. O organismo produz anticorpos e eles atacam o corpo. Ocorre uma reação inflamatória e desmielinizante, ou seja, a bainha de mielina - camada lipoproteica que envolve a fibra nervosa (axônio) - é degradada pelos anticorpos. Normalmente, essa bainha age tornando a transmissão do impulso nervoso mais rápida. Com a degeneração dessa estrutura, há interrupção da transmissão do impulso nervoso e a doença vai gerando lesões tanto na mielina quanto no próprio axônio.

A esclerose múltipla é uma doença que progride. “No início há muita inflamação, porém a degeneração também ocorre. Com o avançar da doença, a inflamação torna-se menor, mas a degeneração permanece”, disse Antônio. Embora sua causa não tenha sido esclarecida, os pesquisadores acreditam que ela possui um componente genético e ambiental. Há ainda uma suspeita de que possa ser causada por vírus. “Estudos demonstram que o tabaco pode ter ligação na gênese e na evolução da doença”.

De acordo com Antônio, a doença atinge mais mulheres do que homens em uma proporção de três para um. “Relatos da doença em negros são pouco frequentes. Em índios, não há relatos”, ratificou. Observando a distribuição da doença no mundo, nota-se que na África e na América Latina a incidência é baixa. Já países do hemisfério norte possuem um maior número de casos. Segundo o médico, estudos revelam que no Brasil o Nordeste possui menor incidência da doença do que a Sul e a Sudeste. (da Agência Notisa)


Atenção aos sinais da doença

Um dos grandes problemas quando se fala em esclerose múltipla é o diagnóstico. Isto porque clinicamente o paciente pode apresentar qualquer sintoma neurológico, o que causa confusão com diferentes enfermidades. Porém, Antônio Pereira Gomes Neto, vice-coordenador do Departamento de NeuroImunologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), destaca alguns quadros que são mais comuns: dormência, fraqueza nos membros, diminuição da visão, diplopia, desequilíbrio e vertigem.

Já sinais como demência, convulsões, ataxia, cefaléia, movimentos involuntários, dificuldade de deglutição também podem ocorrer, entretanto, Antônio ressalta que são muito menos frequentes. “Demência, por exemplo, é mais observada em casos de esclerose múltipla mais graves e mais evoluídos. Já convulsões são bem raras”, destaca.

O médico disse que o sinal de Lhermitte frequentemente está presente em pacientes com a doença. “É aquela sensação de choque na coluna quando gira a cabeça. Ás vezes pode ser dolorido”, explicou. Além disso, a esclerose múltipla pode levar a distúrbios esfincterianos e urinários, o que causa limitação funcional. Distúrbios sexuais e neuropsíquicos também podem ocorrer. “O paciente pode apresentar quadros de depressão, euforia e distúrbio do afeto. É comum ter um descontrole emocional alternando episódios de riso com choro em momentos inadequados”, afirmou.

Podem ocorrer ainda distúrbios cognitivos que refletem em dificuldade de atenção e concentração. “Frequentemente a função executiva é afetada. Já quadros como demência, afasia e alexia são bem raros”, ressaltou.

Outra característica é que pacientes costumam ser extremamente sensíveis à temperatura. “Boa parte não tolera altas temperaturas, sendo comum que o gatilho da doença se dê nessas épocas”, disse. A fadiga também é um sinal presente em 75% a 95% dos pacientes.


SAIBA MAIS

FORMAS EVOLUTIVAS DA DOENÇA

> As formas evolutivas da doença são remitente - recorrente; secundária - progressiva; secundária - progressiva com surtos e primariamente progressiva. A forma mais comum é remitente - recorrente que se caracteriza por surtos alternados por períodos de estabilização.

> Em dez anos, aproximadamente, metade dos pacientes desenvolve a
forma secundária - progressiva, onde há uma piora lenta e contínua da disfunção neurológica, sem intervalos de estab ilização. Cada paciente é atingido de forma diferente pela doença.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
> Atualmente, o diagnóstico da esclerose múltipla é feito através de exames de ressonância magnética, exames de liquor e testes de potenciais evocados. O diagnóstico também é realizado, porém, muitas vezes, o quadro é similar ao de outras doenças, como doenças reumatológicas.

> A ressonância magnética é um dos principais exames, pois ajuda a identificar pacientes que ainda apresentam poucos sintomas. “O diagnóstico precoce é muito importante, pois a doença quando não tratada leva a atrofia cerebral”, disse o médico Antônio Pereira Gomes Neto.

> A esclerose múltipla, assim como demais doenças autoimunes, até o momento não tem cura. Entretanto, Antônio destacou que há tratamento e este traz benefícios já comprovados cientificamente.

> Desta forma, o tratamento como lembrou Suely Berner, diretora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), melhora a qualidade de vida dos pacientes. Segundo Antônio, o tratamento é feito de duas formas: tratando surtos e tratando a doença.

> O custo da terapia, entretanto, é bem alto. Porém, segundo o médico, desde o final da década passada o Ministério da Saúde estabeleceu no Brasil protocolos com critérios diagnósticos e criou centros de referência. Dessa forma, uma vez que o paciente apresente um laudo seguindo os critérios que comprove a esclerose múltipla, ele pode receber tratamento gratuito.

> Há algumas novidades sobre o tratamento. O transplante autólogo de células tronco está sendo estudado, inclusive no Brasil. Entretanto, segundo Antônio não existem por enquanto indícios de que possa ser eficaz.

> A reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico também são estratégias no tratamento da doença. Segundo a neurologista Maria Cristina Brandão Giacomo, da Abem, ioga, acupuntura e cuidados gerais com o bem-estar também trazem benefícios.

fonte: O Povo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Praticar exercícios ajuda na recuperação de derrame cerebral

Praticantes de exercícios físicos se recuperam mais rapidamente de um acidente vascular cerebral (AVC) do que os sedentários. Essa é a conclusão de um estudo apresentado pelos pesquisadores do campus de Jacksonville da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. O experimento publicado no Jornal de Neurologia, Neurocirurgia & Psiquiatria, revela que pacientes que se exercitavam com frequência antes de sofrerem um AVC, tiveram sequelas menos graves. O neurologista James Meschia, um dos pesquisadores, afirma que a atividade física pode ser muito benéfica para as pessoas que têm maior risco de sofrer um AVC. “Muitos estudos têm mostrado isso; a novidade é que se uma pessoa com o hábito de se movimentar, sofrer esse acidente cerebral, as consequências podem ser mais leves”, afirma. Esse experimento, projetado para examinar fatores de risco hereditários, é um dos primeiros a testar a hipótese de que os benefícios do exercício se estendem além da prevenção do problema.

Em todo o mundo, o AVC é uma causa comum de incapacidade e morte, entre pessoas com mais de 65 anos. No Brasil são registradas mais de 100 mil mortes por ano. Já nos Estados Unidos, o problema é responsável por mais de 780 mil, sendo a terceira maior causa de óbitos.

fonte: Rede Psi

Tratamento online pode ajudar insones

  • Você consegue fazer quase qualquer coisa na internet hoje em dia. Até mesmo conseguir uma boa noite de sono?

Pode ser possível, dizem alguns pesquisadores. Programas na web para tratar a insônia estão se proliferando e dois pequenos, porém rigorosos, estudos sugerem que aplicativos online baseados em terapias comportamentais cognitivas podem ser eficientes.

"Há quinze anos, as pessoas teriam pensado que conseguir terapia de maneira remota era uma loucura", disse Bruce Wampold, professor de psicoterapia da Universidade de Wisconsin. "Mas conforme fazemos cada vez mais coisas eletronicamente, inclusive manter relações sociais, mais terapeutas passaram a acreditar que esta pode ser uma maneira eficiente de tratar algumas pessoas".

O primeiro estudo controlado de um programa online para insônia foi publicado em 2004. Mas os resultados eram difíceis de interpretar, porque mostravam benefícios similares para pessoas que usaram o programa e as no grupo de controle. Os dois novos estudos, realizados por pesquisadores no Estado de Virgínia e no Canadá, avançam nas evidências de que tais programas podem funcionar.

No estudo da Virgínia, intitulado SHUTi, os pacientes registram diários sobre seu sono ao longo de muitas semanas e o programa calcula uma janela de tempo durante o qual eles podem dormir. Os pacientes limitam o tempo que passam na cama geralmente ao tempo que realmente dormem.

O objetivo é consolidar o sono, e então gradualmente ampliar sua duração -- a mesma técnica que seria usada em caras terapias presenciais, disse Lee Ritterband, psicólogo da Universidade de Virgínia, que desenvolveu o programa.

Stella Parolisi, 65, enfermeira de Virgínia e paciente do estudo, disse que aderir ao rígido horário para o sono foi difícil, "mas no final, começou a valer a pena".

"Antes, se eu estivesse exausta, eu tentava ir cada vez mais cedo para a cama, o que era errado", ela disse. "Apenas me dava mais tempo para virar de um lado para o outro". Mas depois de usar o programa, ela começou a dormir durante pelo menos um período completo de quatro horas por noite.

O programa SHUTi, que dura noves semanas, aconselha os pacientes a sair da cama caso despertem e não consigam voltar a dormir em até 15 minutos. Também usa leituras, vinhetas, animações e exercícios interativos para ajudar os pacientes a lidarem com fatores que interferem no sono.

Por exemplo, o programa ajuda os pacientes a administrar pensamentos ansiosos, como a ideia de que não conseguirão funcionar sem oito horas sólidas de sono. Além disso, reforça a mensagem de que eles não trabalhem ou assistam TV na cama, limitem as luzes no quarto e evitem estimulantes como cafeína tarde no dia.

Em um pequeno e aleatório estudo controlado, que incluiu 45 adultos, aqueles que foram indicados para experimentar o programa online reportaram significativa melhora na eficiência do sono e diminuição do estado desperto durante a noite em relação aqueles que permaneceram na lista de espera.

Especificamente, a eficiência do sono dos participantes, uma medição da proporção de tempo gasto adormecido em relação ao tempo total na cama, melhorou 16% e o estado desperto durante a noite (minutos que o participante passa acordado durante a noite) caiu 55%. Os valores não mudaram significativamente no grupo de controle. Os resultados foram divulgados na edição do mês passado da revista The Archives of General Psychiatry.

"Os resultados foram muito impressionantes, quase incríveis", disse Jack Edinger, psicólogo do Centro Médico da Universidade de Duke.

O estudo canadense analisou um programa de cinco semanas que também enfatiza a restrição do sono, o controle de pensamentos negativos e evitar estímulos como luz e barulho no quarto. O programa também inclui leituras e clipes auditivos e vídeos para ensinar e reforçar suas mensagens.

Conduzido por Norah Vincent, psicóloga da Universidade de Manitoba, o estudo incluiu 118 adultos que foram aleatoriamente destinados ao programa ou à lista de espera.

"Eu gostei do fato de tudo ser feito pela intern", disse uma participante, Kelly Lawrence, 51, de Winnipeg, "porque quando você não consegue dormir não quer ter que levantar e ir fazer uma consulta com os médicos. Você não quer pegar a estrada".

O formato online facilitou arranjar ajuda com as crianças e outras responsabilidades e "pausar o programa e voltar a ele quando fosse necessário", ela concluiu.

Cerca de 35% daqueles que concluíram o programa descreveram sua insônia como "muito melhor", em comparação a apenas 4% daqueles que permaneceram na lista de espera .Os resultados foram publicados em junho no jornal Sleep.

Dr. Ritterband diz que planeja disponibilizar o programa online ao público, mas não antes de realizar estudos adicionais. Dr. Vincent também disse que irá comercializar seu programa, cobrando entre US$ 20 e US$ 30 dos participantes.

A terapia presencial pode não estar prontamente disponível a muitos dos insones, seja porque eles não têm acesso a um terapeuta treinado ou porque seus horários dificultam o agendamento.

"A comunidade dos estudos do sono reconhece que se todo o mundo que tem insônia aparecesse para tratamento hoje nós não teríamos como lidar com esta demanda", disse Lawrence Epstein, instrutor da Escola de Medicina de Harvard e diretor do Centro do Sono de Boston.

Ainda assim, Dr. Wampold, de Wisconsin, disse que algumas pessoas irão desconfiar da terapia online. Além disso, os terapeutas que tendem a ver a relação interpessoal entre médico e paciente como uma fonte fundamental de motivação e mudança provavelmente ficarão céticos em relação ao novo tratamento, ele disse.

Para muitos insones, segundo ele, "a perturbação de sono é apenas mais uma indicação de mais ou outros problemas que precisam de tratamento".

"E você não pode descobrir quais são eles", ele acrescentou, "sem um contato clínico e flexibilidade".

Leia mais sobre insônia

Fonte: Último Segundo

Acupuntura alivia a dor alterando mecanismos bioquímicos no cérebro

Como a acupuntura funciona?

A acupuntura tem sido usada pela medicina oriental por milhares de anos, sobretudo no tratamento da dor. Os efeitos benéficos levaram até a Força Aérea dos Estados Unidos a adotarem a acupuntura no tratamento de seus soldados nos campos de batalha.

Mas como a acupuntura funciona em nível celular, ou seja, qual é o mecanismo que faz com que a acupuntura de fato alivie a dor, é uma pergunta para a qual os cientistas ainda não têm uma resposta.

Capacidade do cérebro de regular a dor

Agora, usando imagens captadas do cérebro, pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA), conseguiram as primeiras evidências de que a acupuntura tradicional chinesa afeta a capacidade de longo prazo do cérebro para regular a dor.

Os resultados serão publicados no exemplar de Setembro da revista médica Journal of NeuroImage.

Mu-opioides

No estudo, os pesquisadores demonstraram que a acupuntura aumentou a disponibilidade de ligação dos receptores mu-opioides (MOR) em regiões do cérebro que processam e amortecem os sinais de dor - especificamente no cingulato, ínsula, caudato, tálamo e amígdala.

Acredita-se que os opioides que agem contra a dor, como a morfina, codeína e outros medicamentos, funcionam ao se ligar a esses receptores opioides no cérebro e na medula espinhal.

"A maior disponibilidade de ligação desses receptores está associada com uma redução na dor," explica Richard E. Harris, que é anestesiologista e coordenador da pesquisa.

Uma implicação desta pesquisa é que os pacientes com dores crônicas tratados com acupuntura poderão passar a reagir mais positivamente aos medicamentos opioides, uma vez que os receptores parecem ter maior disponibilidade de ligação," diz Harris.

Mesmos resultados, explicações diferentes

Esta descoberta também dá um novo estímulo ao campo da pesquisa em acupuntura, seguindo uma grande controvérsia recente sobre estudos que argumentam que a acupuntura simulada seria tão efetiva quanto a acupuntura real na redução das dores crônicas.

"É interessante que tanto os grupos que receberam acupuntura real quanto acupuntura simulada tenham apresentado reduções similares da dor. Mas os mecanismos que levaram à redução da dor em cada um dos casos são radicalmente diferentes," diz Harris.

fonte: Diário da Saúde

Vacina contra Gripe Suína pode causar Síndrome de Guillain-Barré

September 1, 2009 — Neurologists should be vigilant in tracking any new cases of Guillain-Barré syndrome after patients have received the H1N1 flu vaccine, say officials. The American Academy of Neurology (AAN) is teaming up with the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) to make sure doctors remain alert.

Guillain-Barré has been linked to several vaccines, including the preparation for the 1976 swine flu. In a statement issued by the AAN, experts said that although they do not expect the 2009 H1N1 vaccine to increase the risk for the autoimmune disease, this is a concern with any pandemic vaccine. "The active participation of neurologists is going to be critical for monitoring for any possible increase in Guillain-Barré following 2009 H1N1 influenza vaccination," AAN spokesperson Orly Avitzur, MD, said in a news release.

The H1N1 vaccine is currently in production. High-risk groups will be encouraged to receive the vaccine this fall. Infants, children, young adults, pregnant women, adults 25 years and older with underlying health conditions, and healthcare workers are considered good candidates for the vaccine.

Doctors are being asked to report adverse events using the standard CDC and US Food and Drug AdministrationVaccine Adverse Event Reporting System.

Guillain-Barré affects 1 to 4 people per 100,000 annually around the world. It causes respiratory failure requiring ventilation in an estimated 25% of people, and between 4% and 15% die.

The AAN guidelines on the treatment of Guillain-Barré are available online.

fonte: Medscape Medical News

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Obesidade está ligada a uma redução no volume de tecido cerebral

August 28, 2009 — Overweight and obese individuals have significantly lower brain volume than their normal-weight counterparts, a finding researchers say puts these individuals at much greater risk for dementia, including Alzheimer's disease.

Results from a new imaging study reveal that, on average, obese subjects had 8% lower brain volume than normal-weight subjects and overweight subjects had 4% lower brain volume.

"That's a big loss of tissue and it depletes your cognitive reserves, putting you at much greater risk of Alzheimer's and other diseases that attack the brain," principal investigator Paul M. Thompson, PhD, from the Lab of Neuro Imaging, UCLA School of Medicine, in Los Angeles, California, said in a statement.

The study was published online August 6 in Human Brain Mapping.

Worldwide Problem

It is well known that obesity increases the risk for cardiovascular illness, including diabetes, hypertension, and stroke, all of which increase the risk for cognitive decline and dementia. However, the authors point out, it is not known whether these factors, specifically obesity and type 2 diabetes, are associated with specific patterns of brain atrophy.

The authors note that there are currently more than 1 billion overweight and 300 million obese individuals worldwide. In addition, 40% of men and 45% of women older than 70 years are either obese or have type 2 diabetes.

To examine gray- and white-matter volume differences in elderly subjects, the researchers used tensor-based morphometry to examine gray- and white-matter volume differences in 94 elderly subjects who remained cognitively normal for a minimum of 5 years after their scan.

Researchers used participants in the Cardiovascular Health Study (CHS) Cognition Study, a continuation of the CHS Dementia Study, which began in 2002/2003, to determine the incidence of dementia and mild cognitive impairment in a population of normal and mild cognitive-impairment-subjects identified in 1998/1999.

To define weight categories, they used the body mass index (BMI). Normal weight was defined as a BMI of 18.5 to 25.0 kg/m2; overweight was defined as a BMI of 25 to 30 kg/m2, and obese was defined as a BMI greater than 30 kg/m2. Subjects were classified as having type 2 diabetes if they met any 1 of the standard criteria for the disease.

Of the total study sample, 29 participants were normal weight, 51 were overweight, and 14 were obese.

Aging Effect

Multiple regression analyses revealed that BMI was negatively correlated with brain atrophy, and that type 2 diabetes and fasting plasma insulin levels were not. Specifically, the investigators found that a higher level of body tissue was associated with brain-tissue loss in the frontal and temporal lobes, the anterior cingulate gyrus, the hippocampus, and the basal ganglia.

Overweight individuals had brain loss in the basal ganglia, the corona radiate, and the parietal lobe. The authors report that negative correlations between body-tissue fat and brain structure were strongest in obese people, but were also seen in overweight people.

"The brains of obese people looked 16 years older than the brains of those who were lean, and in overweight people they looked 8 years older," said Dr. Thompson.

"It seems that, along with increased risk for health problems such as such type 2 diabetes and heart disease, obesity is bad for your brain. We have linked it to the shrinkage of brain areas that are targeted by Alzheimer's disease," study investigator Cyrus A. Raji, MD, from the University of Pittsburgh School of Medicine in Pennsylvania, said in a statement. "But that could mean that exercising, eating right, and keeping weight under control can maintain brain health with aging and potentially lower the risk for Alzheimer's and other dementias."

The researchers have disclosed no relevant financial relationships.

Hum Brain Mapp. Published online before print August 6, 2009. Abstract

Fonte: Medscape Neurology

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cirurgia não-invasiva do cérebro vence mais uma etapa

Ultrassom focalizado

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Criança, em Zurique (Suíça), terminou com sucesso o primeiro estudo em escala piloto de uma cirurgia cerebral não-invasiva. A nova técnica foi usada para operar 10 pacientes com dores neuropáticas.

A técnica, que permite a operação sem abertura do crânio, é chamada de ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética.

A origem das dores crônicas nos pacientes tratados incluía a síndrome do membro fantasma em pacientes pós-amputação, danos nos nervos, derrame cerebral, neuralgia trigeminal e neuralgia após acometimento por herpes-zóster.

Os resultados das cirurgias, cuja técnica ainda está em estágio de pesquisas, serão publicados no próximo número do jornal médicoAnnals of Neurology.

Cirurgia sem penetração física no cérebro

"Este estudo demonstrou que nós podemos fazer cirurgias bem-sucedidas nas profundezas do cérebro sem abrir o crânio e sem penetrar fisicamente o cérebro com instrumentos cirúrgicos, algo que pareceria inimaginável há alguns poucos anos," comemora o Dr. Daniel Jeanmonod, neurocirurgião da Universidade de Zurique.

"Ao eliminar qualquer penetração física no cérebro, nós esperamos duplicar os efeitos terapêuticos da remoção cirúrgica invasiva no cérebro, sem os seus efeitos colaterais," diz o médico.

Precisão e exatidão extremas

Os resultados preliminares nos primeiros pacientes são consistentes com a terapia convencional, chamada ablação por radiofrequência, que é um procedimento invasivo e que envolve a realização de uma incisão na cabeça, a perfuração do crânio, a inserção de um eletrodo através do tecido cerebral normal até o tálamo, e o uso da radiofrequência para criar a lesão.

"Esta pesquisa demonstra que a cirurgia transcraniana de ultrassom focalizado guiador por ressonância magnética pode ser utilizada para produzir pequenas ablações termais com extrema precisão e exatidão nas regiões profundas do cérebro," diz Neal Kassel, que também faz parte da equipe que está desenvolvendo a nova cirurgia não-invasiva.

Cirurgia não-invasiva

Segundo Kassel, a principal vantagem do ultrassom focalizado é que ele é não-invasivo. Isto, em princípio, torna a cirurgia mais segura do que as convencionais porque ela evita os riscos de complicações associadas, como infecções, hemorragias e danos colaterais a estruturas sadias do cérebro.

Os resultados agora apresentados serão avaliados para que a nova cirurgia não-invasiva do cérebro possa passar para uma etapa de testes clínicos e de avaliação monitorada.

Fonte: Diário da Saúde

Ecstasy pode estar relacionado à lesão cerebral aguda, diz pesquisa

São Paulo - Um estudo publicado pelo periódico "Neurology", jornal oficial da Academia Norte-americana de Neurologia, pode trazer mais um ponto sobre a questão dos malefícios do ecstasy para a saúde. A publicação descreve a história de um homem e uma mulher de 25 anos de idade que apresentaram lesão cerebral após crise epilépticas desencadeadas pela ingestão da droga. "O que se observou de mais impressionante foi que, com uma crise epiléptica de curta duração, de menos de dois minutos, os jovens apresentaram lesão no hipocampo", diz o médico Ricardo Teixeira, diretor do Instituto do Cérebro de Brasília (ICB). "Isso significa que o ecstasy pode ter potencializado o efeito danoso que a crise epiléptica tem sobre o cérebro", completou.

Ele esclarece que o hipocampo está do lado esquerdo e direito do cérebro e tem forte ligação com a memória. Tanto é que essa região é uma das mais precocemente afetadas na doença de Alzheimer. Teixeira diz que ainda é cedo para afirmar que a droga foi o fator determinante nesse caso. "Esses indivíduos já poderiam ter uma predisposição à crise, que chegou às vias de fato talvez pelo uso da droga. No entanto, cada vez mais os estudos vêm provando a ligação entre o uso de ecstasy e os efeitos danosos ao cérebro."

Em novembro do ano passado, a revista inglesa "Brain" trazia novidades em relação aos malefícios da droga. Na ocasião, pesquisadores holandeses haviam selecionado cerca de 190 indivíduos entre 18 e 35 anos que nunca tinham consumido ecstasy e que eram considerados potenciais usuários em um futuro próximo: ou por já ter declarado tal intenção ou por ter amigos que usavam a droga.

Os voluntários fizeram diversas técnicas de neuroimagem e, após 12 meses, eles voltavam para um novo exame. O processo durou três anos. Durante esse tempo, 59 pessoas haviam usado a droga. Eles, então, foram comparados com 56 pessoas do grupo original que não tinham experimentado o ecstasy. O resultado revelou uma série de anormalidades cerebrais no grupo que havia usado a droga, tais como alteração na perfusão (passagem de um líquido por meio de um órgão) sanguínea, na estrutura da substância branca e maturação cerebral. O importante foi notar que essas alterações só foram adquiridas após o início do estudo, quando os voluntários não as apresentavam.

fonte: Abril.com

Enxaqueca aumenta risco de infarto, diz estudo

SÃO PAULO, 25 de agosto de 2009 - Um estudo publicado na última edição do periódico Neurology, jornal oficial da Academia Americana de Neurologia, confirma que a enxaqueca vai muito além das crises de dor de cabeça: a doença está associada a um maior risco de eventos vasculares como o infarto do coração e derrame cerebral.

Vinte e oito mil mulheres norte-americanas com mais de 45 anos de idade foram acompanhadas por doze anos, sendo que 13% delas eram portadoras de enxaqueca. As mulheres com enxaqueca sem aura não apresentaram maior risco de eventos vasculares. Vale lembrar que aura são sintomas que acompanham a dor de cabeça como alterações visuais e da sensibilidade, e que ocorrem em 25% das pessoas que têm enxaqueca.

No estudo, as mulheres com enxaqueca com aura e crises frequentes (pelo menos uma vez por semana) tiveram risco de derrame cerebral quatro vezes maior. Mesmo aquelas com crises pouco frequentes ou seja, menos de uma por mês também apresentaram maior risco vascular, com chance duas vezes maior de ter um infarto do coração quando comparadas às mulheres sem enxaqueca.

Segundo o doutor Ricardo Teixeira, doutor em Neurologia pela Unicamp, esses resultados não devem gerar pânico em quem têm enxaqueca com aura, já que o risco absoluto de eventos vasculares é baixo: das 180 mulheres com enxaqueca com aura, apenas duas delas apresentaram um infarto do coração e quatro delas um derrame cerebral ao longo de 12 anos.

Entretanto, é importante o recado de que indivíduos com enxaqueca com aura já saem à frente das outras pessoas com risco maior de eventos vasculares, e por isso devem evitar e controlar a todo custo outros fatores de risco como o tabagismo e, no caso das mulheres, o uso do hormônio estrogênio.

fonte: JB On Line

sábado, 22 de agosto de 2009

Cientistas estudam anfíbio 'monstro' para tratar regeneração de membros

Cientistas da Universidad Nacional Autónoma de Mexico (UNAM) estão estudando a capacidade regenerativa do axolotle - anfíbio com três pares de brânquias externas - para tentar aplicá-la à medicina.

O anfíbio, nativo de alguns canais do Lago Xochimilco, na Cidade do México, possui, segundo especialistas, uma das maiores capacidades regenerativas do planeta, podendo regenerar extremidades completas do corpo até pedaços de cérebro.

cortesia de Jesús Chimal
O anfíbio nativo do México, e conhecido como axolotle, possui uma das maiores capacidades regenerativas do planeta
UOL CIÊNCIA E SAÚDE
UOL BICHOS
Essa capacidade chamou a atenção de cientistas de várias partes do mundo, que vêm estudando e modificando seu código genético para encontrar formas de ajudar pacientes que tiveram membros amputados ou sofrem de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos já doou mais de US$ 6 milhões a pesquisas sobre o anfíbio de 20 centímetros de comprimento, com a esperança de que algum dia seja desenvolvida uma tecnologia capaz de ajudar, por exemplo, veteranos de guerra.

"No México, estamos tentando identificar as moléculas que ajudam a regeneração, com o objetivo de extrapolar esta capacidade regenerativa aos humanos", disse o biólogo Jesús Chimal, pesquisador da UNAM.

"Nas experiências que estamos realizando, às vezes cortamos extremidades dos axolotes e tentamos detectar os fatores que reprimem a regeneração", diz ele.

Astecas

O anfíbio é um velho conhecido dos mexicanos e é chamado de "monstro aquático" por causa de sua aparência física, semelhante a de um girino gigante, com uma longa cauda e quatro patas.

Os astecas, que comiam axolotes e os usavam na cura de doenças, acreditavam que o animal era a reencarnação do deus do raio fulminante Xólotl, que teria se metamorfoseado para evitar que fosse sacrificado.

Apesar de estar em risco de extinção, o axolotle se reproduz com facilidade em laboratório, principalmente na Alemanha e nos Estados Unidos. De fato, hoje em dia há mais axolotes em cativeiro do que em seu habitat natural.

Alguns cientistas acreditam que dentro de duas décadas os humanos serão capazes de regenerar suas extremidades como fazem os axolotes, mas outros pesquisadores são mais cautelosos.

"Não se pode falar em prazo, é muito arriscado", disse Chimal, particularmente porque há pesquisas que ainda não foram publicadas e estão em processo de elaboração.

"Nos humanos, já vimos casos de regeneração da ponta dos dedos, mas nada além disso. Espero poder ter a sorte de ver, algum dia, a regeneração de um elemento esquelético. Por que eles sim e nós não?", se pergunta o biólogo.

fonte: UOL

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Olhar fotos de doces pode ajudar a emagrecer, diz estudo

Olhar fotos de bolos, doces e outras tentações pode ajudar mulheres decididas a emagrecer a manter o compromisso, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa em Psicologia e Saúde da Universidade de Utrecht, na Holanda, divulgado pela revista "New Scientist".


De acordo com a psicóloga Floor Kroese, autora do estudo, a tentação pode aumentar o autocontrole das mulheres que estão fazendo dieta.

Arquivo Folha Imagem
Segundo a psicóloga, a visão de alimentos tentadores nem sempre leva à vontade de satisfazer o desejo de comê-los
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MALHAR EM EXCESSO PODE VICIAR
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Para testar a teoria, Kroese e seus colegas dividiram 54 estudantes do sexo feminino em dois grupos e pediram que um deles olhasse a fotografia de um bolo de chocolate e o outro de uma flor, sob o pretexto de um teste de memória.

Os pesquisadores então perguntaram às mulheres sobre seus planos de manter uma dieta saudável e ofereceram a elas a escolha entre um biscoito de chocolate ou um de aveia, como lanche.

As mulheres que viram a fotografia do bolo de chocolate demonstraram uma maior propensão em manter uma dieta saudável do que as estudantes que viram a foto da flor.

As estudantes que viram o bolo também demonstraram maior preferência pelo biscoito de aveia - que testes anteriores mostraram ser visto por elas como a opção mais saudável.

Tentações

Segundo a psicóloga, a visão de alimentos tentadores nem sempre leva à vontade de satisfazer o desejo de comê-los.

"Parece que ver uma comida tentadora lembrou às mulheres de seu objetivo de cuidar do peso, e fez com que elas agissem de acordo."

A psicóloga sugere colar fotos de comidas tentadoras na porta da geladeira para ajudar a lembrar do objetivo de perder peso.

Kroese alerta, no entanto, que o resultado parece só se aplicar às mulheres que querem perder peso, e que não está claro como o resto das pessoas reagiria às fotos.

fonte: UOL

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mutação de gene explica menor necessidade de dormir

  • A mutação rara de um gene pode explicar a razão por que algumas pessoas precisam de dormir menos do que outras, revela um estudo da revista científica Science

Investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, liderados pela professora de neurologia Ying-Hui Fu, identificaram uma mãe, de 69 anos, e uma filha, de 44 anos, que durante toda a vida tiveram menos necessidade de dormir do que a maioria dos indivíduos.

As duas mulheres, com mutações no gene que regula o relógio biológico (DEC2), precisavam de dormir apenas seis horas por noite, enquanto o tempo médio necessário para cada pessoa permanecer saudável varia entre sete e nove horas.

fonte: Visão

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Neuroliderança foi objeto de palestra nesta segunda

O renomado neurocientista Alex Born, autor de várias obras motivacionais e conferencista de renome, ministra palestra nesta segunda (27) em Aquidauana, no plenário da Câmara Municipal, sobre neuroliderança. Sua presença faz parte das comemorações dos 65 anos da Associação Comercial e Empresarial de Aquidauana (ACEA).

Born, que é também consultor, explicará que estudos da neurociência aplicados à liderança podem contribuir para que líderes e corporações comecem a entender onde e como se processam as habilidades ligadas à liderança.

“A capacidade de desenvolver lideranças com base no conhecimento do cérebro, das conexões neurais e da forma como a nossa mente reage diante de determinados estímulos pode contribuir para um melhor direcionamento das ações cotidianas que envolvem a liderança”, defende.

Com a palestra desta segunda (realizada em 27/07) e o enfoque de amanhã - sobre neuromarketing – a ACEA deseja ajudar empresas e profissionais a alcançarem melhores resultados. O release do programa faz dois questionamentos: “Quantas vezes um bom produto não emplaca no mercado? Ou um ótimo profissional não consegue atingir seus objetivos?”

Boa programação

Desde a semana passada a Associação Comercial e Empresarial de Aquidauana tem desenvolvido atividades para festejar a data histórica. Diversas palestras com profissionais locais, em áreas de interesse público, já foram ministradas.

No sábado, houve um café da manhã e inauguração da galeria de ex-presidentes. Entre os homenageados presentes estavam o prefeito Fauzi Suleiman (PMDB), o Gerente de Governo Marcus Chebel e a historiadora Hermenegilda Correa Bueno, dos quadros da Gerência de Produção. Todos já presidiram a ACEA.

fonte: Difusora1340

Exposição ‘Cérebro‘ está em cartaz no Porão das Artes

A exposição 'Cérebro - O mundo dentro da sua cabeça' está em cartaz no Porão das Artes, no Prédio da Bienal e mostra detalhadamente quais áreas do cérebro são responsáveis por quais funções. Mas a ciência também já descobriu que o cérebro, depois de uma lesão, é capaz de criar novas conexões, é capaz de se adaptar.

A exposição aborda todas as questões que envolvem o funcionamento cerebral, dos neurônios à química, dos sonhos ao desenvolvimento da linguagem, da depressão à doença de Alzheimer e ajuda a desmistificar o órgão mais essencial do nosso corpo.

Desenvolvida em colaboração com o National Institutes of Health, The Society for Neuroscience e The Dana Alliance for Brain Initiatives, tem o objetivo de atrair visitantes de todas as idades e ajudar as pessoas a entenderem o complexo funcionamento do cérebro humano, facilitando a compreensão de temas ligados a doenças e disfunções cerebrais.

Não é só o cérebro humano que tem espaço. O cérebro de animais também faz parte da mostra. O humano pesa, em média, dois quilos; o do pato, quase cinco gramas e o do tubarão é menor ainda que o do pato.

A mostra fica em cartaz até 26 de outubro. O ingresso custa R$ 40,00 e está à venda no local ou no site www.ingressorapido.com.br. O Porão das Artes fica na Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº.

fonte: A Tribuna On Line

Teste médico faz cálculo das probabilidades e duração de depressão

Um teste desenvolvido por cientistas de sete países permitirá aos médicos de família averiguar que probabilidade tem um paciente de sofrer uma depressão e qual será sua duração aproximada.

A ferramenta médica, denominada Predict, foi verificada em mais de 9 mil pessoas que receberam seus médicos no Chile, Reino Unido, Espanha, Portugal, Holanda, Eslovênia e Estônia, e consiste em uma bateria de perguntas que podem ser respondidas de forma presencial ou pela Internet.

Para desenvolver a aplicação, os cientistas reuniram 1.100 doentes em cada país, de 18 a 75 anos, em hospitais urbanos e rurais, e puderam identificar 11 fatores que antecipam a depressão.

Francisco Torres, professor da Universidade de Granada que lidera o projeto na Espanha, informou nesta quarta-feira, 7, que, após o desenvolvimento da aplicação, o objetivo é de difundi-la entre os médicos de família dos países participantes do projeto para que a incorporem às suas práticas clínicas de rotina.

Torres ressaltou a “importância” de que se generalize seu uso nos hospitais, por ser a depressão “a doença mais importante de todas as patologias humanas por sua freqüência e por seu poder de incapacitar”.

A depressão representa 16% de toda a carga de doenças no mundo e calcula-se que ocupará o segundo posto, após as doenças cardiovasculares, como causa global de invalidez em 2020, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial.

O projeto de pesquisa Predict foi comandado pelo professor Michael King, do University College of London, e contou com um orçamento de mais de 2 milhões de euro (cerca de 3 milhões de dólares).

Seus resultados foram publicados em revistas científicas como BMC Public Health, Brit Journal of Psychiatry e Archives of Geral Psychiatry.

fonte: Aracatnet

Estudo aponta que derrames silenciosos são comuns em hipertensos

Derrames "silenciosos" – que não resultam em sintomas aparentes, mas causam danos ao cérebro – são comuns em pessoas com mais de 60 anos que apresentam pressão alta, segundo estudo publicado na última edição da revista médica Neurology.

Pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, acompanharam, por dez anos, 477 pessoas com idades entre 60 e 64 anos. Inicialmente, 7,8% tinham infartos lacunares silenciosos – pequenas áreas de dano no cérebro que não apresentaram sintomas, mas eram vistos na ressonância magnética. E, até o final do estudo, um adicional de 1,6% dos voluntários desenvolveu esse tipo de derrame.

As análises mostraram que pessoas com pressão alta são 60% mais propensas a ter derrames "silenciosos" do que pessoas com pressão normal. Além disso, pessoas com um outro tipo de dano pequeno no cérebro chamado "hipersinais em substância branca" tinham quase cinco vezes mais chances de ter os derrames silenciosos.

"Esses derrames não são verdadeiramente silenciosos, porque eles são associados a problemas de memória e pensamento, e são uma possível causa de um tipo de demência", explicou o pesquisador Perminder Sachdev, líder do estudo. "A pressão alta é muito tratável, então, isso pode ser um forte alvo para prevenir doença vascular", concluiu o especialista.

fonte: GazetaWeb